“…Registra-se também uma jornada de estudos consagrada à obra de Rosset promovida pela Universidade de Liège, na Bélgica, com comunicações de Olivier Dubouclez, Mathieu Hubert, Thibaut Larue e Johan Remacle, entre outros Nacionalmente, há os trabalhos pioneiros de André Martins e José Thomaz Brum, ambos orientados, assim como Silvia Pimenta Velloso da Rocha, por Clément Rosset, cuja presença se consolida com Louis Oliveira e Marcos Beccari, além de pesquisas fortemente influenciadas pela filosofia rossetiana, como os de Gabriel Cid de Garcia, Luiz Callegari Coppi, Leandro Resende, Fabiana Tavolaro Maiorino e Renato Bedore, entre outros. 60 De minha parte, tenho publicado sobre a filosofia trágica desde 2009, principalmente na interpretação da obra de Machado de Assis, em sua presença no cinema (Almeida, 2017;Almeida, 2018) ou de maneira mais sistematizada na tese de livredocência O mundo, os homens e suas obras: filosofia trágica e pedagogia da escolha (Almeida, 2015b), além de disciplinas de graduação e pós-graduação em que o trágico é abordado a partir do referencial rossetiano. 61 Embora distintos entre si, o que estes trabalhos têm em comum, mais do que a apropriação da filosofia de Clément Rosset, é o reconhecimento da condição trágica da existência, horizonte que contribui para perspectivar um pensamento que não recorre a nenhum princípio exterior à existência para justificá-la, o que de um lado inviabiliza qualquer projeto metafísico ou moral, já que careceria de um fundamento -inexistentesobre o qual se assentar, e de outro libera os modos de existir para o jogo das relações, não só sociais, mas de toda ordem.…”