O objetivo deste ensaio é colocar em debate o conceito de crise na educação a partir dos pensamentos de Jorge Larrosa (2004), Jacques Rancière (2022) e Hannah Arendt (2011), os quais colocam em evidência as dificuldades do ensinar e do aprender numa perspectiva emancipatória com igualdade entre os sujeitos. Neste contexto, o espaço escolar é uma oportunidade para que os indivíduos possam ampliar sua experiência de vida para além das formas restritivas do consumo alienante. A metodologia utilizada neste ensaio encontra-se no campo da teoria crítica, tomando como aporte teórico a Filosofia da Educação, como forma de interpretar os processos formativos entre duas narrativas de professores referentes à crise na educação. A nossa conclusão se refere diretamente em apresentar o espaço escolar como um local para a realização da cidadania em oposição ao modelo da sociedade instrumental, que segmenta a relação do sujeito com o espaço e, primordialmente, com o outro. Essa perda da condição de existir na sociedade com o outro é que caracteriza a perda do vínculo e constitui o nosso conceito de crise na educação.