Carta geomorfológica de São Pedro, SP – 1:50.000

Abstract

Republicação da “Carta Geomorfológica de São Pedro, SP – 1:50.000” e memo-rial explicativo, originalmente publicado em “Sedimentologia e Pedologia”, número 12, pelo Instituto de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, em 1978. Pes-quisa desenvolvida no âmbito do Convênio entre o Laboratório Pedologia e Sedimen-tologia do Instituto de Geografia da USP / Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e o Centre de Géomorphologie du CNRS sob a coordenação de J.P. Queiroz Neto e A. Journaux.

Implicações do uso do solo na ocorrência de feições erosivas em São Pedro (SP)

“…Neste sentido, muitos estudos concordam que 30% da cobertura vegetal protegem o solo contra a erosão (GOUDIE 2004), pois mantém a umidade no solo, gerando aumento na gama de condições para a estabilização da superfície e, portanto, diminuição da formação da crosta ou selagem do solo, além da redução do escoamento de alto poder erosivo (MORGAN 1995, GREENE & HAIRSINE 2004. COUTARD et al (1978) e QUEIROZ NETO (1978) ressaltam que a fragilidade das formações superficiais após a eliminação da cobertura vegetal primitiva é atestada pelos inúmeros sinais de erosão hídrica. Os autores relataram a constituição basicamente desses setores de badlands e de rochas friáveis (arenito de granulação média), resultado da cobertura de colúvios arenosos pouco espessos e a proximidade da rocha à superfície, que rapidamente são saturados pela água gerando o escoamento superficial.…”

Análise dos processos erosivos e deposicionais utilizando o modelo matemático SIMWE

“…As estruturas predominantes da Formação Pirambóia são estratificações cruzadas de pequeno a médio porte, intercaladas com maior quantidade de materiais finos (níveis sílticosargilosos fração representativa do Neossolos Quartzarênico) na parte inferior e outras de areia, que se encontram nas áreas mais altas, onde ocorrem arenitos grossos, conglomeráticos (COUTARD et al, 1978;SANTORO, 1991). Suas estratificações caracterizam-se por serem cruzadas ou plano-paralelas que se localizam nas zonas mais baixas atribuída à origem flúviolacustre (aquoso), de espessura que chega atingir até 3 m; níveis de folhelhos e arenitos argilosos de cores variadas e raras intercalações de natureza areno conglomerática (BÓSIO, 1973;COUTARD et al, 1978). Estes arenitos encontram-se recobertos por pacotes de materiais inconsolidados residuais e retrabalhados, com textura predominantemente arenosa (composição essencialmente quartzosa) e espessuras variando de 1 até 5m (PINHEIRO, 2008;MICHETTE, 2015).…”

Análise de depósitos de fundo de vale no sopé da Escarpa de São Pedro-SP

“…Figura 1 (à esquerda) e 2 (à direita). Anotações de campo da sub-bacia do Córrego Campestre que resultaram nos trabalhos de Queiroz Neto e Journaux (1978), Dias Ferreira et al (1978 e Coutard et al (1978). Na Figura1, carta topográfica (1:50.000) com pontos de controle de campo na sub-bacia do Campestre e arredores, no sopé da Serra de São Pedro-SP.…”

“…Em consulta às anotações originais de campo dos autores desta pesquisa, verificou-se que foi inferida a presença de um cone de dejeção em uma área do sopé da escarpa, na sub-bacia do Córrego Campestre (Figuras 1 e 2). Segundo Dias Ferreira et al (1978) e Coutard et al (1978), os materiais que integram esse suposto cone seriam de matriz areno-argilosa avermelhada e seixos de arenito e basalto em estados de alteração variados.…”