Caracterização de uma microemulsão contendo um derivado do dilapiol extraído de Piper aduncum (Piperaceae)

Abstract

A nanotecnologia é uma inovação farmacêutica que visa veicular ativos em formulação microemulsinada com capacidade de liberar fármacos de forma modificada, uma alternativa para aplicação cutânea. O objetivo do estudo foi caracterizar uma microemulsão contendo um derivado de dilapiol (EBD) para administração tópica. Os componentes da formulação contendo o EBD (ME-EBD) foram padronizados, pesados e homogenizados por uma prancha agitadora em uma temperatura ambiente. A formulação foi analisada por Zetasizer Nano, para a centrifugação usou-se um tempo de 3 horas a 3500 rpm, na variação de temperatura avaliou de -4 ºC a 25 ºC. Foi obtido um diâmetro das partículas (45,1 nm), índice de polidispersão (0,286), condutividade (0,027 mS/cm) e potencial Zeta (-26,4 mV). Após a centrifugação não houve alterações significativas no diâmetro das partículas, assim como, nos ciclos alternados de gelo/degelo. A ME-EBD mostrou-se um sistema estável, de fase única, interfase O/A, gotículas <100 nm. Portanto, a microemulsão contendo o derivado de dilapiol mostrou ser uma alternativa para veiculação tópica de fármacos.

Antileishmanial and cytotoxic activity of dillapiole n-butyl ether

“…At 48 h, DBE showed a significantly higher performance against amastigote forms of L. guyanensis when compared to Glucantime®, dillapiole, and Pentacarinat®, as well as against amastigotes of L. amazonensis compared to Pentacarinat® and dillapiole. DBE inhibited amastigote forms of L. amazonensis by around 88% at a concentration of 4.5 µM when tested in infected peritoneal macrophages for 48 h (Barros 2018), which was corroborated by our results. We found no publications on dillapiole analogues against L. guyanensis, both in the promastigote and amastigote forms, thus our study is the first to describe the antileishmanial activity of DBE in this species, showing that DBE may be a molecule that has broad-spectrum activity for the treatment of cutaneous leishmaniasis.…”

“…DBE was shown to be less toxic to PBMCs than to L. amazonensis and L. guyanensis parasites, with SI of 67.9 for both species, showing a less toxic profile than that of Pentacarinat®. In another study, DBE showed a SI of 76.5 and was more toxic to L. amazonensis than to peritoneal macrophages after 48 h (Barros 2018). This corroborates our findings since, for a prototype to be considered promising to become a drug, it must have an SI equal to or greater than 10 (Chiaradia 2007).…”

“…Parise-Filho et al (2012) observed a CC 50 of 22 µM for dillapiole using human 3T3 fibroblasts for 24 h. However, P. aduncum oil showed a high margin of safety of 240 mg kg -1 and 120 mg kg -1 , with minimal toxic effects on biochemical and hematological parameters in vivo (Sousa et al 2008). In our study, DBE presented a satisfactory safety margin in PBMCs, thus corroborating Barros (2018), who showed that peritoneal macrophages exposed to DBE exhibited a lower cytotoxic profile in vitro.…”

“…One isodillapiole derivative showed antileishmanial activity at a concentration of 50 µg mL -1 in promastigotes of L. chagasi for 72 h, which inhibited 96% of viable parasites (Farah et al 2010). The inhibition of promastigotes and amastigotes of L. amazonensis was achieved with an IC 50 of 1.6 µM using a DBE derivative for 72 h (Barros 2018), likewise demonstrating the potential of DBE against L. amazonensis, with an IC 50 of 3.0 µM after 72 h, when using a new batch. DBE showed parasitic reduction of the promastigote forms of L. (V.) guyanensis with an IC 50 of 3.0 µM, the same obtained for Pentacarinat® after 72 h. We found no publication using dillapiole analogs from P. aduncum with antileishmanial activity for the inhibition of L. guyanensis.…”

Atividade Antileishmania Do Éter N-Butil Dilapiol De Piper Aduncum L. (Piperaceae)

“…Ademais, estudo de Parise-Filho et al ( 2012) demonstraram que o dilapiol e dois de seus derivados (di-hidrodilapiol e isodilapiol) apresentaram atividade antileishmania em promastigotas das espécies Leishmania (L.) amazonensis e Leishmania (V.) brasiliensis. Já no estudo de Barros (2018) demonstrou a atividade antileishmania de um novo derivado do dilapiol (EBD) contra à L. (L.) amazonensis.…”