Características celulares e bioquímicas do líquido peritoneal de eqüinos submetidos à peritonite experimental

Abstract

O objetivo deste trabalho foi estudar características citológicas e bioquímicas do líquido peritoneal de eqüinos utilizando-se 60 animais sem raça definida, divididos aleatoriamente em dois grupos, tratado e controle, submetidos a um modelo experimental de peritonite, utilizando-se a laparotomia mediana. O grupo-tratado recebeu tratamento transcirúrgico com antibióticos e antinflamatórios. No período pós-operatório ambos os grupos receberam o mesmo tratamento. Foram colhidas amostras de líquido peritoneal 24h antes da cirurgia e, posteriormente, até 120h, sendo realizadas avaliações macroscópicas, citológicas e bioquímicas. As características citológicas e bioquímicas mostraram alterações que refletiram o estado das superfícies mesoteliais, assim como forneceram resposta à terapia aplicada. A terapia induziu uma resposta inflamatória menos intensa, caracterizada por menores concentrações de proteína total e fibrinogênio, bem como atividade fagocítica mais acentuada. Também foram verificadas modificações quantitativas e qualitativas 12h após a indução de peritonite. O tempo de observação das modificações celulares e bioquímicas deve ser superior a 120h após a indução de peritonite para se obter informações completas sobre as características estudadas.

Resposta inflamatória peritoneal de asininos (Equus asinus) submetidos à ovariectomia por laparotomia e laparoscopia

“…A quantidade de líquido na cavidade abdominal pode ser influenciada pelo tipo de punção (agulha ou sonda), alimentação, posição, grau de repleção de alças e grau de desidratação. As alterações na coloração e no grau de turbidez podem ser influenciadas pela contaminação sanguínea durante punção, aumento de celularidade, elevação da taxa de proteínas totais, que podem ocorrer em processos inflamatórios e/ou infecciosos (Macoris, 1995;Faria et al,1999). A cor amarelada e o grau de turbidez (ligeiramente turvo) encontrados neste estudo corroboram os descritos por Louro et al (2006) para asininos, mas diferem do descrito por Thomassiam (2005) para cavalos.…”

“…Isso ocorreu devido ao sequestro de proteínas em decorrência da exsudação inflamatória, estimulada pelo procedimento cirúrgico. A elevação das proteínas totais é um indicador importante de injúria inflamatória aguda de cavidade (Faria et al, 1999). Levando em consideração os dados descritos por Louro et al (2006), o valor das proteínas totais em asininas ovariectomizadas voltouà normalidade somente depois de 16 dias.…”

Plasma and peritoneal fluid concentrations of ceftriaxone after intravenous and intraperitoneal administration in horses

“…The incidence of colic in horses is 4.2-10.6 cases/100 horses per year (Tinker et al, 1997). Among these cases, 1.4% will require surgical intervention (Traub-Dargatz et al, 2001) and approximately 3.1% will develop septic peritonitis (Mair and Smith, 2005), which is related to mortality rates that exceed 60% (Schein et al, 1992;Faria et al, 1999;Browning, 2005;Nógrádi et al, 2011). Established therapy for peritonitis in horses is based on a combination of antimicrobial agents and supportive care; despite the adoption of those measures, peritonitis is associated with high mortality, necessitating the application of more effective therapeutic strategies (Browning, 2005).…”

Evaluation of Tenckhoff Catheter Use and Ceftriaxone Intraperitoneal Administration in Horses

“…The most common association is penicillin, gentamicin, and metronidazole [2,4]. Despite the use of this therapeutic strategy, secondary peritonitis persists with high mortality rates necessitating the investigation of procedures and drugs for peritonitis treatment to increase the survival rate of affected animals [5][6][7][8].…”

“…Abdominal drainage and lavage should have beneficial effects, such as removal of bacteria and cellular debris in the peritoneal cavity and decrease abdominal adhesions [7]. The intraperitoneal route promotes high antibiotic concentrations in the peritoneum and adjacent cells in the peritoneal cavity [8]; however, it is used without scientific confirmation of efficiency and has been poorly studied as only a single study in horses described the use of intraperitoneal antibiotics in the operative period [6].…”