Abstract:Inglês de Sousa considera a Amazônia do século XIX não a partir de um olhar lírico ou deslumbrado; descreve-a como resultado de um transcurso histórico que, começando pela violência da conquista europeia, gera pobreza e degradação, em oposição à riqueza de quem, movido pela gana econômica, alcança lucro e status. Os locais amazônicos representados na obra de Inglês de Sousa trazem sempre as marcas da desigualdade social, da precariedade de infraestrutura e da disputa política. O fator político aparece como mób… Show more
Nosso objetivo é analisar o funcionamento discursivo de placas de sinalização a respeitoda presença de indígenas nas rodovias RS 406 e RS 324. As placas de sinalização marcamsecomo discursos e, como tal, apresentam efeitos de sentidos que podem naturalizar dizeresestereotipados e preconceituosos. Os pressupostos teóricos dos estudos do discurso, emespecial de Pêcheux (1997), Bakhtin (2004) e Orlandi (1998) pautam nossas reflexões acercada significação das palavras e sua materialidade linguística. Perceber os dizeres do cotidianopelo viés da Análise de Discurso é encontrar campo de significação na não-transparênciada língua e na relação do sujeito com a linguagem a partir da exterioridade, de elementossimbólicos, sociais, históricos e ideológicos, inscritos nas condições em que são (re)produzidos.A partir dessa significação, o reconhecimento de garantias mínimas da identidade indígena,resultado de diversas lutas, marca o direito ao território, lugar ainda hoje disputado e pelo qualse constroem novos discursos, instaurando novos sujeitos. É desse lugar de disputas que tratamas placas de sinalização analisadas. Nelas, emergem sentidos propagados pela reprodução dodiscurso do colonizador, cujos saberes constituem o imaginário social sobre os indígenas comosujeitos destituídos - racional e culturalmente - de condições de convivência autônoma, comnecessidade de preservação.
Nosso objetivo é analisar o funcionamento discursivo de placas de sinalização a respeitoda presença de indígenas nas rodovias RS 406 e RS 324. As placas de sinalização marcamsecomo discursos e, como tal, apresentam efeitos de sentidos que podem naturalizar dizeresestereotipados e preconceituosos. Os pressupostos teóricos dos estudos do discurso, emespecial de Pêcheux (1997), Bakhtin (2004) e Orlandi (1998) pautam nossas reflexões acercada significação das palavras e sua materialidade linguística. Perceber os dizeres do cotidianopelo viés da Análise de Discurso é encontrar campo de significação na não-transparênciada língua e na relação do sujeito com a linguagem a partir da exterioridade, de elementossimbólicos, sociais, históricos e ideológicos, inscritos nas condições em que são (re)produzidos.A partir dessa significação, o reconhecimento de garantias mínimas da identidade indígena,resultado de diversas lutas, marca o direito ao território, lugar ainda hoje disputado e pelo qualse constroem novos discursos, instaurando novos sujeitos. É desse lugar de disputas que tratamas placas de sinalização analisadas. Nelas, emergem sentidos propagados pela reprodução dodiscurso do colonizador, cujos saberes constituem o imaginário social sobre os indígenas comosujeitos destituídos - racional e culturalmente - de condições de convivência autônoma, comnecessidade de preservação.
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