Biometria de frutos e sementes e tratamentos pré-germinativos em Cassia grandis L. f. (Fabaceae)

Abstract

ResumoA espécie Cassia grandis L. f. (Fabaceae), apresenta importância ambiental e econômica que justificam estudos para o seu melhor aproveitamento. O objetivo deste trabalho é avaliar a morfometria de frutos e sementes de Cassia grandis L. f. e o efeito da aplicação de tratamentos pré-germinativos. A biometria dos frutos foi determinada numa amostra de 100 unidades, retiradas aleatoriamente do lote coletado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, constituindo-se nas determinações de comprimento, largura, massa fresca e número de sementes por fruto. Destas sementes, numa amostra de 100 unidades retiradas aleatoriamente, determinaram-se comprimento, largura, diâmetro e massa fresca dos referidos propágulos. Para superação de dormência utilizaram-se 100 sementes por tratamento divididas em quatro repetições, sendo empregadas as seguintes técnicas: sementes sem escarificação, escarificadas no lado oposto e das duas laterais ao hilo e com corte de 25% e 50% no lado oposto ao hilo, sendo todos estes efetuados sem e com embebição em água destilada por 24 horas. Avaliaram-se primeira contagem, emergência, índice de velocidade de emergência, comprimentos e massas da matéria seca da parte área e da raiz. Os dados biométricos foram analisados em classes de frequências e dos tratamentos pré-germinativos através da análise de variância e do teste de Tukey. Os frutos apresentam em média 34,77 cm de comprimento, 39,96 mm de largura, 174,32 g de massa fresca e 23,63 sementes, que têm, em média, 15,83 mm, 11,34 mm, 6,39 mm e 0,867 g de comprimento, largura, diâmetro e massa fresca, respectivamente. A escarificação aumenta a germinação e afeta negativamente o acúmulo de matéria seca na parte aérea. A embebição não afeta a germinação, mas aumenta o crescimento inicial da parte aérea das plântulas. O corte na semente de 50% na região oposta ao hilo prejudica a emergência e o crescimento das plântulas de Cassia fistula.

Behavior of the Emergence of Native Forest Seedlings for the Purpose of Recovery of the Riparian Forest

“…Costa et al (2011) observed difference among averages when comparing the species Enterolobium contortisiliquum and Cassia grandis with (55% and 73%, respectively) and without dormancy (2% and 19%, respectively), when employed mechanical scarification in controlled environment. Bezerra et al (2012), comparing Cassia grandis, verify a difference of 6% of germination for dormant seeds and until 65% for those without dormancy, in the laboratory.…”

Métodos de superação de dormência de canafístula (Cassia fistula L.)

“…A dormência física é comumente encontrada na maioria das espécies da família Fabaceae, como por exemplo em Acacia magium Willd (Rodrigues et al, 2008), Cassia grandis L. (Bezerra et al, 2012), Cassia ferruginea Schrad ex DC (Martins et al, 2012), Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.…”

“…No presente estudo, a taxa de germinação das sementes escarificadas com lixa (87%) diferiu apenas do tratamento testemunha (Figura 1). A eficiência da escarificação mecânica na superação de dormência das sementes do gênero Cassia, com aumento da percentagem de germinação foi verificada em pesquisas com C. fistula (87,5%) (Lopes et al, 2003), C. ferruginea (93%) (Martins et al, 2012), C. grandis (82% e 83%) (Bezerra et al, 2012;Silva et al, 2012), respectivamente.…”

Biologia floral e reprodutiva de Cenostigma macrophyllum Tul. (Fabaceae) no Parque Zoobotânico de Teresina, Piauí

“…(Dutra, et al, 2007;Bezerra et al, 2012;Coelho et al, 2014;Arruda et al, 2015). Todavia, não foi constada em Cenostigma macrophyllum a presença de dormência, evidenciado pelas altas taxas germinativas no tratamento controle.…”