“…Dentre essas publicações destacam-se o germinal opúsculo de Debure, o Musaeum Typographicum (Viardot, 2008) e a célebre reunião de conceitos de raridade compilados por Vogt no Catalogus historicocriticus librorum rariorum, de 1747. Conceitos que, posteriormente, foram identificados como sistema axiológico da raridade Araújo, Reis, 2017;Araújo, Reis, 2016). O estudo desse sistema demonstra que a produção da raridade bibliográfica esteve associada, por longa data, ao comércio livreiro no século XVIII.…”
O texto apresenta reflexões sobre a raridade bibliográfica na Biblioteconomia e na Ciência da Informação brasileira a partir de dois recortes – temporal (1941 à 2015) e discursivo (conceito de livro raro, história do livro raro no Brasil, relatos de experiência institucional e critérios de raridade), com vistas a refletir acerca da evolução da produção intelectual sobre o tema e sobre os atores que contribuíram para e que mobilizam essas discussões. Em face disso apresenta um panorama, seletivo e não exaustivo, de discursos referentes ao livro raro na Biblioteconomia e na Ciência da Informação brasileira com o objetivo de sistematizar a produção e de indicar a evolução e as contribuições dos profissionais bibliotecários nesse cenário. Finalmente sistematiza as perspectivas reveladas pela produção intelectual sobre o tema na atualidade como forma de contribuir para os estudos do patrimônio bibliográfico no Brasil.
“…Dentre essas publicações destacam-se o germinal opúsculo de Debure, o Musaeum Typographicum (Viardot, 2008) e a célebre reunião de conceitos de raridade compilados por Vogt no Catalogus historicocriticus librorum rariorum, de 1747. Conceitos que, posteriormente, foram identificados como sistema axiológico da raridade Araújo, Reis, 2017;Araújo, Reis, 2016). O estudo desse sistema demonstra que a produção da raridade bibliográfica esteve associada, por longa data, ao comércio livreiro no século XVIII.…”
O texto apresenta reflexões sobre a raridade bibliográfica na Biblioteconomia e na Ciência da Informação brasileira a partir de dois recortes – temporal (1941 à 2015) e discursivo (conceito de livro raro, história do livro raro no Brasil, relatos de experiência institucional e critérios de raridade), com vistas a refletir acerca da evolução da produção intelectual sobre o tema e sobre os atores que contribuíram para e que mobilizam essas discussões. Em face disso apresenta um panorama, seletivo e não exaustivo, de discursos referentes ao livro raro na Biblioteconomia e na Ciência da Informação brasileira com o objetivo de sistematizar a produção e de indicar a evolução e as contribuições dos profissionais bibliotecários nesse cenário. Finalmente sistematiza as perspectivas reveladas pela produção intelectual sobre o tema na atualidade como forma de contribuir para os estudos do patrimônio bibliográfico no Brasil.
Este artigo aborda a contribuição de pessoas bibliófilas e bibliógrafas negras na coleta, preservação, organização e disponibilização de recursos informacionais sobre e para a população negra, africana e da diáspora nos séculos XIX e XX no contexto estadunidense. Em seu desenvolvimento, reflete sobre a bibliografia e bibliofilia na constituição de acervos, as coleções especiais negras e a Bibliografia Negra para justiça social no contexto segregacionista, apresentando as estratégias para acesso à informação, ao livro e à biblioteca pela comunidade negra. Por fim, apresenta a contribuição de cinco personagens principais, a saber: o colecionador David Ruggles, o bibliófilo Arthur Alfonso Schomburg e os bibliógrafos Daniel Alexander Payne Murray, Monroe Nathan Work e Dorothy Porter Wesley. Suas contribuições em documentar a história, vida e experiências negras, africanas e da diáspora, bem como na construção de coleções, centros e bibliotecas negras, até hoje servem de fontes de informação para reparação epistêmica e histórica dessas populações.
O estudo apresenta e discute a concepção, desenvolvimento e consolidação do Catálogo de Livros Antigos (CLA) da Biblioteca do Mosteiro de São Bento de São Paulo (BMSBSP), Brasil. Inicia com a contextualização da BMSBSP, fundada em 1598, e de seus livros antigos (sécs. XV-XVIII), predominantemente representados pelas áreas de Teologia, Direito Canônico, História e Filosofia. A metodologia percorrida é: 1) revisão bibliográfica sobre a temática dos livros antigos, a partir da problematização de seus conceitos e das questões que se impõem na América Latina e Caribe; 2) construção do CLA, alicerçado no mapeamento, inventário, planejamento e configuração da base de dados e organização da informação de 581 livros antigos da BMSBSP. Um dos resultados deste estudo é a sua contribuição não somente à Biblioteconomia, mas também às investigações de História do Livro, da Leitura e das Bibliotecas no Brasil, na medida em que alargam o exame da presença do livro antigo europeu no Brasil e as perspectivas da biblioteca monástica beneditina em suas dimensões históricas e patrimoniais em terras brasileiras. Concebido no contexto da cultura monástica beneditina, sob o conceito de livro antigo e sob as questões que envolvem a sua representação documentária, o CLA tem um papel não só instrumental, mas também chama a atenção para a importância da materialidade dos textos e de suas formas de organização e de mediação, que podem carregar percursos de longa duração, além de fomentar reflexões mais verticalizadas no âmbito da Bibliografia Histórica.
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