ResumoO livro Introducción a la codicología tem como escopo apresentar os principais métodos técnicas aplicados ao estudo dos manuscritos fundamentados a partir da Codicologia -ciência que estuda os manuscritos e a natureza arqueológica dos livros. O capítulo Tipologia del libro expõe as formas librarias -o rolo, a tabuleta e o códice, descrevendo seus formatos, seus modos de produção, os materiais que os compõem e o seus usos ao longo do tempo. Inicia apresentando o rolo (volumen) como o tipo librario que predominou durante toda a antiguidade greco-latina. Em seguida, aborda sobre as tabuletas de cera como o mais remoto antecedente, de um ponto de vista morfológico, dos exemplares manuscritos e impressos quadrangulares, conhecidos como códice. Este, originalmente conhecido pelo vocábulo codex, era aplicado para designar um conjunto de lâminas de qualquer material, unidas entre si pela margem interna mediante um vínculo, o seu conteúdo textual geralmente se preservava por meio das placas externas que serviam de capas ou cobertura. Apresenta as morfologias do livro dentro de um processo cultural e social, gradual e complexo. O capítulo contemplado nesta tradução ainda não foi publicado no Brasil, por isso a motivação em divulgar o trabalho, sobretudo, por se tratar de um texto importante para aqueles que se interessam pelas origens do livro e as pesquisas desenvolvidas em torno dessa temática. Palavras-chave:Codicologia; História do Livro. Morfologia libraria 1As distintas matérias utilizadas como suporte da escrita incidiram sobre a estrutura do livro e, possivelmente, sobre o traçado dos signos gráficos. São duas as modalidades que se conhecem -e se contrapõem -ao longo da história da bibliologia ocidental: o rolo (volumen) e o códice (codex). Uma forma é de inspiração circular; a * Referência do original em espanhol: RUIZ GARCIA, Elisa. Tipología del libro. In: RUIZ GARCIA, Elisa. Introducción a la codicología. Madrid: Fundación Germán Sánchez Ruipérez, 2002. Cap. 4, p. 119-142. Tradução de Diná Marques Pereira Araújo. ** Elisa Ruiz Garcia é doutora em Filologia Clássica pela Universidade Complutense de Madrid e professora titular de Paleografia e Diplomática na mesma Universidade. Suas principais linhas de pesquisa são o estudo de aspectos semiológicos e antropológicos da cultura escrita; a codicologia; a história do livro e das bibliotecas; e as relações entre a cultura escrita e a religiosidade no século XV. (N.T.). 1 Libraria é uma expressão latina que significa "relativo aos livros", "de livros", "próprio dos livros", "que se relaciona com o livro". Compreende tudo o que é relativo aos livros, o que trata sobre livro, o que é o livro. Assim, está também relacionada ao local onde o livro era produzido (taller librario) e às práticas e às técnicas que o materializam. Pode referir-se, ainda, ao local de guarda dos livros -a biblioteca. Devido à força de significância da expressão, a opção foi não traduzi-la neste artigo. Do mesmo modo, expressões gregas e latinas não foram traduzidas. (N.T.).
Reflexão preliminar acerca dos fundamentos da Biblioteconomia Moderna em Gabriel Naudé (1600-1653) sob a perspectiva da Bibliografia e Bibliofilia. A partir de abordagem histórico-bibliográfica, apresenta a paisagem histórico-cultural de Naudé e os contextos de concepção de Advis pour dresser une bibliothèque (1627). Discute a dimensão bibliográfica de Advis perante a seleção e ordem libraria. Sob a perspectiva da Bibliografia, identifica que: 1) Naudé define os critérios e as motivações culturais para se formar uma biblioteca pautada em um cânon bibliográfico em consonância com a paisagem cultural de sua época (BALSAMO, 1998); 2) Naudé faz recomendações de ordem libraria que se expressam por meio da classificação que propõe em disciplinas: Teologia, Medicina, Direito, História, Filosofia, Matemática e Humanidades e suas subdivisões; 3) Advis não é um guia biblioteconômico e nem mesmo tem seus eixos teóricos vinculados aos aspectos biblioteconômicos e organizacionais, mas seu foco está na atenção e na preocupação em relação à constituição de coleção de livros por meio de estratégias bibliográficas voltadas à coleta, seleção e aquisiçãolibraria (SERRAI; SABBA, 2005). Para além de sua dimensão bibliográfica, Advis caracteriza-se, essencialmente, enquanto um tratado da Bibliofilia para a Bibliofilia no qual são detalhadas as recomendações para a formação de uma biblioteca para o bibliófilo (MALCLÈS, 1956; ROZZO, 1995). Neste horizonte, Advis é um construto da Bibliografia e Bibliofilia. Os impactos do pensamento de Naudé e de seu Advis - pela lente da Bibliografia e da Bibliofilia - podem ser evidenciados pela organização e pelo planejamento de coleções librariae patrimoniais e, sobretudo, pela ideologia a favor de uma conduta singular das práticas de formação de bibliotecas naquele momento histórico - o que requer uma leitura temporal do tratado naudeano sem o canonizarmos. Essas são, de fato, as grandes contribuições de Naudé e de seu Advis para a Biblioteconomia Moderna, na medida em que perpassam não apenas por aspectos formativos de uma biblioteca, mas também pelos elementos culturais e epistêmicos que sustentam a construção da instituição biblioteca e, consequentemente, do campo biblioteconômico.Palavras-chave: Advis pour dresser une bibliothèque (1627). Bibliofilia. Bibliografia. Biblioteconomia Moderna - Fundamentos. Gabriel Naudé (1600-1653). Link: https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1180/1060
A Bibliografia Material tem como propósito primeiro o estudo da materialidade do livro. Esta pesquisa tem o objetivo de apresentar e indicar alguns dos aspectos da Bibliografia Material face aos Livros de Horas da Fundação Biblioteca Nacional (Brasil). Para tanto, foi realizada revisão de literatura da temática Bibliografia Material e o mapeamento e a apresentação de alguns instrumentos de pesquisa que se ocuparam da representação da Coleção de Livros de Horas. Considera-se que a Bibliografia Material contribui para as análises dos elementos que contornam os Livros de Horas da Fundação Biblioteca Nacional (Brasil): a) elementos da História do Livro (na sua dimensão social e cultural); b) elementos da produção do livro; c) elementos referentes à descrição dos aspectos gráficos e materiais da edição; d) elementos referentes à descrição dos aspectos formais do exemplar. Conclui-se que a metodologia de estudos (análise e descrição) da Bibliografia Material são também relevantes para os estudos dos documentos manuscritos e podem ser associados às metodologias da Codicologia com o objetivo de expandir as perspectivas de estudos dos documentos gráficos, em especial no campo da Biblioteconomia brasileira.
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