Avaliação do PLANFOR entre a adesão de sujeitos sociais e a acomodação de interesses em torno da politica

Abstract

Em termos absolutos, ocorreu um aumento expressivo do contingente de desempregados. Somente na região metropolitana de São Paulo esse contingente passou de 614.000 em 1989 para 1.715.000 de desempregados em 1999, como se pode visualizar em seguida:Tabela 2 -Estimativas de desempregados -Regiões Metropolitanas 1989-1999 (em 1.000 pessoas)

Política De Formação Profissional No Brasil: Uma Análise Do Programa Mulheres Mil

“…A política de formação proissional de nível básico destinada à população excluída dos processos formais de trabalho passa a ser oferecida a partir do momento que a problemática do emprego e do desemprego torna-se, no discurso governamental, o centro das preocupações no contexto de mundialização do capital. Então há o redirecionamento de ações governamentais no sentido de uma focalização para atingir os segmentos mais frágeis do mercado de trabalho (GUILHON, 2005). Com a contração massiva do emprego, de um lado, e a necessidade de força de trabalho com variado nível de qualiicação para atender o mercado mundial cada vez mais segmentado pela divisão internacional do trabalho, por outro, pela primeira vez no Brasil, sistematiza-se no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pela Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE), o PLANFOR, em 1995.…”

O sistema publico de emprego no Brasil

“…Isso porque não se realizou uma reforma agrária que permitisse uma alternativa de assentamento desse contingente de mão-de-obra excedente no campo em pequenas e médias propriedades rurais. E com as dificuldades do deslocamento para as zonas de fronteira agrícola, o que significava enfrentar a inexistência de infra-estrutura e de políticas públicas de apoio que garantisse uma sobrevivência digna no campo, o trabalhador e sua família dirigem-se para as profissionais especializados foram supridas pela formação no âmbito do Senai, evitando possíveis gargalos à produção (Guilhon, 2005).…”

“…O sistema nacional de qualificação profissional montado respondeu as exigências do processo produtivo, sobretudo dos setores de ponta, dado seu maior poder de barganha. Com isso, não foram atendidas as necessidades mais gerais do mercado de trabalho e os anseios do conjunto dos trabalhadores, a partir de uma construção social, mas sim atendeu-se as reivindicações pontuais, principalmente das empresas mais modernas e naqueles aspectos que se mostravam como pontos de estrangulamento definidos pelos setores e pelos técnicos e operários mais especializados (Guilhon, 2005).…”

“…Esses mecanismos dirigem-se ao setor urbano e, neste, ao trabalhador com vínculo de trabalho formalizado com o registro na carteira de trabalho. No campo as normas não se aplicam, deixando os trabalhadores rurais sem o amparo necessário frente à exploração do produtor rural, de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) instituído em 1990, formam o Sistema S. Este sistema de formação profissional estrutura-se como uma rede paralela ao sistema de formação público, para o atendimento das necessidades imediatas do setor industrial e comercial, que se expandiam(Guilhon, 2005).Ao lado das instituições do Sistema S, a outra fonte de formação de mão-de-obra qualificada são as escolas técnicas vinculadas ao sistema educacional formal das redes federal, estaduais e municipais. Estas têm cumprido um papel importante na formação de quadros técnicos de nível médio, formando técnicos especializados para a indústria, comércio, além da formação de profissionais técnicos o setor agropecuário, por meio das escolas agrícolas42 .…”

“…A ausência de um sistema de relações de trabalho que permitisse o controle público e a negociação com a participação dos sindicatos na definição dos conteúdos das funções, explica em parte o baixo envolvimento do Ministério do Trabalho nas questões de qualificação profissional. Com as mudanças verificadas no mercado de trabalho, sobretudo com o crescimento do desemprego, e também o movimento de reestruturação produtiva nas empresas, o Ministério do Trabalho passou a enfatizar a política de qualificação profissional(Guilhon, 2005). flexível.…”