Avaliação das Condições Higiênico-Sanitárias no Comércio de Pescados em um Mercado do Peixe

Abstract

Os pescados são altamente perecíveis e susceptíveis a uma série de contaminantes de natureza biológica, química e/ou física e suacomercialização em feiras livres e mercados públicos é uma atividade que requer atenção, pois quando não armazenados adequadamente, há um favorecimento da sua deterioração. O trabalho teve como objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias da comercialização de pescados em um mercado do peixe, localizado na cidade de Teresina, Piauí. Participaram do estudo os proprietários e os manipuladores de pescados do referido mercado, que atualmente é composto por uma equipe de 65 permissionários, distribuídos em 17 boxes. A coleta de dados se deu pelométodo de observação, com aplicação de check list adaptado à Norma Resolutiva nº 275, de 21 de outubro de 2002. Além de registro fotográfico para subsidiar as análises dos dados. Para avaliação estatística dos dados se utilizou o programa Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS) e o programa Microsoft Office Excel 2010® para tabulação dos dados, formulação das tabelas e categorias a serem analisadas. Os resultados evidenciaram que o mercado observado se encontra em condições higiênico-sanitárias inadequadas para comercialização de pescados, o que propicia a contaminação dos mesmos, apesar de não terem sido encontradas alterações características de deterioração dosprodutos. Pode-se afirmar que o mercado não vem atendendo aos critérios de qualidade estabelecidos pela Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004, necessitando de reforma geral para ajuste das instalações, o que visa às condições adequadas aos feirantes e do produto comercializado.

Condições Estruturais E Higiênico-Sanitárias Dos Boxes Comercializadores De Carnes Em Um Mercado Público De Alagoas / Structural and Hygienic-Sanitary Conditions of Meat Marketing Boxes in a Public Market in Alagoas

“…Também foi verificado que 70% (n = 21) possuíam apenas a renda da venda das carnes e 30% (n = 9) possuíam outras rendas, como a renda do companheiro, aposentadoria, programas sociais, aluguel de casas e outros empregos (Tabela 1). Tal condição se assemelha à pesquisa de Santos (2016), realizada em Teresina-Piauí. É importante ressaltar que, o tempo de atuação em uma determinada função tem influência direta sobre a qualidade e a segurança da atividade desempenhada.…”

“…Associado a isso, os comerciantes podem não apresentar uma educação sanitária ou uma padronização das técnicas de higiene de maneira eficiente (RODRIGUES et al, 2017). Nesse sentido, o despreparo profissional, a estrutura física precária, bem como a falta de efetividade das leis sanitárias expõem o alimento a condições insalubres (SANTOS et al, 2016).…”

Desenvolvimento De Cursos De Atualização Em Boas Práticas No Processamento Do Pescado Para Estudantes Graduandos E Profissionais Da Área Industrial

“…Por isso, como enfatizados em estudos anteriores, o checklist e treinamentos específicos e contínuos aos funcionários, garantem requisitos necessários à segurança e à qualidade dos alimentos, que refletirão diretamente na saúde do consumidor (SILVA JUNIOR, 2013;SANTOS et al, 2016;BARBOSA, 2017). Associada a estas informações, Ncube et al ( 2020) observaram em seu estudo com manipuladores de alimentos, uma correlação positiva entre as teorias e práticas durante os cursos de capacitações e a execução diárias de práticas higiênico-sanitárias para segurança alimentar.…”

Avaliação das condições higiênico-sanitárias de alimentos comercializados no Mercado Central em São Luís – MA

“…Entretanto, vale ressaltar que a falta de fiscalização da oferta e da comercialização dos alimentos por feirantes pode trazer consequências indesejáveis ao consumidor. É importante destacar que a feira é considerada potencial veiculador, quanto à ocorrência de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA), representando, atualmente, um dos desafios ao serviço de vigilância sanitária, uma vez que se proliferam a cada momento (Santos, et al, 2016).…”