Avaliação da qualidade de vida de adolescentes em situação de vulnerabilidade social

Abstract

Quality of life assessment among socially vulnerable adolescents Evaluación de la calidad de vida de adolescentes en situación de vulnerabilidad social RESUMO Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Métodos: Estudo exploratório quantitativo, realizado de novembro de 2014 a fevereiro de 2015, em Recife, Pernambuco, com 86 adolescentes de ambos os sexos. Utilizou-se o questionário Kidscreen-52, que avalia e mensura a saúde subjetiva relacionada à qualidade de vida (QV), através de dez dimensões: "Saúde e atividade física"; "Sentimentos"; "Estado de humor global"; "Autopercepção"; "Autonomia/Tempo livre"; "Família e ambiente familiar"; "Questões econômicas"; "Amigos"; "Ambiente escolar e aprendizagem"; e Provocação/Bullying-todas analisadas com teste "t", sendo p<0,05. Resultados: As dimensões "Sentimentos" (ẋ=86,01) e "Provocação/Bullying" (ẋ=85,59) apresentaram melhor percepção; já os domínios "Aspectos financeiros" (ẋ=66,43) e "Autopercepção" (ẋ=72,62) apresentaram pior percepção. Quando comparado os domínios por sexo, houve diferença significativa nas dimensões "Saúde e atividade física" (p=0,0051), "Sentimentos" (p=0,0342), "Estado de humor global" (p=0,0226), "Autonomia e tempo livre" (p=0,0287), "Família e ambiente familiar" (p=0,0077) e "Amigos e apoio social" (p=0,0058), apontando melhor percepção para o sexo masculino. Conclusão: Os adolescentes pesquisados possuem boa percepção da qualidade de vida (QV), porém, o sexo masculino apresentou melhor percepção em todos os domínios, e isso interfere diretamente na sua QV.

Quality of life of children benefited by the Futsal Social/UJR-Feevale, according to age and sex

“…This statement can also be justified when we observe that in all dimensions the mean scores in each of the 4 age groups were higher than the mean scores found in dimension 7 (financial aspects). In other studies, carried out with children and/or adolescents, dimension 7 (financial aspect) was also shown to have lower mean scores, corroborating our results (Costa et al, 2020;Heinemann et al, 2018;Martins et al, 2018;Sobral et al, 2015).…”

“…The QoL concept according to Minayo et al (2000), it is a biological-social hybrid, mediated by mental, environmental and cultural conditions. That is, there are several issues that can influence QoL, such as: current health condition (physical and mental), place where you live, meeting basic needs, social perceptions of what is important to yourself, etc (Sobral et al, 2015). When we think about children aged between 8 and 12, QOL can show us, in addition to an overview, which points are most sensitive in their lives and with that it is possible to develop public policies and social actions aimed at them having a better perception of their QOL.…”

O que pensam crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade sobre o seu bem-estar e a qualidade de vida

“…Um dos mais expressivos desafios da humanidade é a superação das vulnerabilidades nas quais a maioria das famílias se encontra. No âmbito familiar, a infância é uma etapa extremamente afetada e com inúmeras e graves consequências, o que tem levado a diversas investigações nas mais diferentes áreas e especialidades e sob múltiplos enfoques, estimulando a ciência a melhor compreender essa fase da vida, interpretá-la e promovê-la (RIZZINI et al, 2015;DEL PRIORE, 2012;TREVISAN, 2017;ABRAMOVAY et al, 2002;SOBRAL et al, 2015;ABREU;VINÃS, 2016). REVISTA EDUCAÇÃO E CULTURA CONTEMPORÂNEA | v. 19, n. 59, p. 292-311, 2022.…”

“…A escassa infraestrutura esportiva, tanto no bairro quanto na escola, pode comprometer as relações sociais e consequentemente a qualidade de vida dos participantes. É preocupante essa falta de interação entre os pares, pois os faz optar cada vez mais por atividades eletrônicas, reduzindo o convívio social que têm, e torna-se uma relação de causa e efeito, na qual o uso de jogos eletrônicos pode aumentar o isolamento ou vice-versa Sobral et al (2015). salientam que à atividade física favorece uma boa saúde, sendo responsável por "reduzir os níveis de ansiedade, estresse e depressão, aumentar o humor, o bem-estar físico e psicológico, à autoestima, o rendimento nos estudos e nas demais atividades da vida diária, influenciando positivamente na qualidade de vida" (p. 575).…”