“…Essa problemática emerge no debate acerca dos processos de saúde/doença/atenção-prevenção, pelo menos, desde 1970, com o desenvolvimento teórico e político de uma perspectiva crítica (MENÉNDEZ, 2020a). No Brasil, são diversos os autores que contribuíram para um olhar crítico sobre a saúde indígena, com foco nas relações de poder estabelecidas a partir do colonialismo e seus efeitos nefastos sobre a existência e sobre a autonomia dos povos indígenas (LANGDON, 2018;TEIXEIRA, 2010;GARNELO e SAMPAIO, 2003 MACHADO, 2001;TEIXEIRA e GARNELO, 2014;FOLLÉR, 2004). A perspectiva crítica, nesse debate teórico e político, ressalta a agência, o protagonismo, o pluralismo médico, a autoatenção e os saberes indígenas como centrais para as negociações de poder em processos de saúde/doença/atenção-prevenção (MENÉNDEZ, 2009;LANGDON, 1994LANGDON, e 2004.…”