Automedicação Por Idosos Usuários De Plano De Saúde Suplementar

Abstract

A utilização de medicamentos pelos idosos torna-se ainda mais problemática quando se trata da automedicação. Embora essa prática seja comum no mundo todo, as causalidades são diversas, visto que as variáveis socioculturais influenciam essa prática. Dados epidemiológicos do Brasil mostram que 80 milhões de pessoas têm o hábito de se automedicar, e os idosos fazem parte dessa estatística. Este estudo tem como objetivo analisar o perfil sociodemográfico de idosos que utilizam plano de saúde suplementar e automedicação. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, no qual foram entrevistados 239 idosos usuários de plano de saúde suplementar utilizando-se um questionário previamente estruturado. Os dados foram transcritos para o software SPSS versão 17 e as análises inferenciais foram realizadas pelo teste de qui-quadrado de Pearson ou pelo teste exato de Fisher. Observou-se que 53,9% (125) dos entrevistados realizaram automedicação. Os homens e os idosos que vivem sozinhos tendem a fazer uso de automedicação em maior proporção. Os medicamentos mais utilizados dessa forma são a dipirona sódica, sozinha 15,8% (21) ou em associação 24,8% (33), seguida do paracetamol 10,5% (14), dos fitoterápicos 9% (12), vitaminas 6,8% (9) e nimesulida, utilizada por 6% dos idosos. Os dados indicam que esses idosos apresentam padrão de automedicação que se aproxima dos dados encontrados em outros estudos. Considera-se importante maior investimento em estratégias educativas como forma de evitar o uso de automedicação.
 Palavras-chave: Automedicação. Saúde suplementar. Idoso. Uso de medicamentos.

Uso De Psicofármacos Entre Idosos Usuários Do Sistema Único De Saúde E Do Plano De Saúde Suplementar

“…Estudo sobre o uso de medicamentos em idosos que utilizam o PSS revelou que 97,1% utilizavam algum medicamento; com média de 5,8 medicamentos/ idoso, sendo 62,8% submetidos à polifarmácia; 11,7% utilizavam medicamentos inapropriados para idosos e 51,0% deles apresentavam média adesão aos medicamentos, sugerindo um modelo de atenção pautado no tratamento de doenças e na farmacoterapia, embora esses idosos tenham melhor nível de escolaridade e poder aquisitivo. Do total de medicamentos utilizados 18,7% foram para o sistema nervoso (MUNIZ et al, 2017).…”

Fatores relacionados à adesão ao tratamento sob a perspectiva da pessoa idosa

“…The increase in longevity is often associated with the increase in the number of chronic noncommunicable diseases, physical, cognitive and mental disabilities, as well as the consumption of medicines 1 . Old people often need to use drugs chronically and, in this sense, the promotion of treatment adherence (TA) is a crucial element for therapeutic success 2,3 . TA reflects the extent to which the user follows and complies with the recommended treatment in relation to time, dosage and form of use 2 .…”

“…TA reflects the extent to which the user follows and complies with the recommended treatment in relation to time, dosage and form of use 2 . In the context of drug treatment, complex therapeutic regimens are often necessary for the effective management of different associated comorbidities, requiring greater attention, memory and organization from the old person regarding administration times [3][4][5] .…”

“…The literature points to some factors associated with non-adherence by old people, such as: polypharmacy, adverse effects, disappearance of symptoms, misperception about treatment, problems with access to medicines, difficulties in administration, social isolation, low educational level and memory deficit [3][4][5][6][7][8][9] . However, most recent studies discuss these aspects in the context of primary health care and, therefore, few Brazilian studies investigate the phenomenon of TA by old people in the hospital setting 10,11 .…”

Polypharmacy and high Medication Regimen Complexity Index in the elderly assisted in primary health care / Polifarmácia e Índice de Complexidade Farmacoterapêutico elevado em idosos atendidos na atenção básica de saúde / Polifarmacia y alto Índice de Complejidad Farmacoterapéutica en personas mayores asistidas en la atención..

“…Assim, faz-se necessário o uso de terapia farmacológica numerosa para controle de doenças. Entretanto, o uso de muitos medicamentos simultaneamente pode causar diversos problemas de saúde, pois exige mudança comportamental da pessoa idosa (2) .…”