Auto-Percepção Corporal E Preferências Motoras De Praticantes De Dança

Abstract

Homens e mulheres foram estudados em relação à corporeidade e orientação motora na dança. O objetivo foi analisar a percepção corporal e preferências motoras entre praticantes. Utilizou-se o Questionário de Identidade Corporal, com praticantes de hip-hop, clássico, contemporâneo, dança de salão, axé, jazz e dança do ventre. Verificou-se que os homens tocam e conhecem mais seus corpos do que as mulheres, levando-os a uma visão funcional e as mulheres uma visão estética. Eles preferem atividades competitivas e agressivas e elas atividades individualizadas. Percebe-se que os tradicionais papéis sexuais também são impactantes na identidade de gênero dos praticantes de dança.

A vivência de práticas físicas/motoras/esportivas de homens e mulheres para propor o construto orientação esportiva

“…Segundo PieroN 11 isso ocorre devido a maior importância que os homens dão a sensação de serem fisicamente competentes, o que acaba por levá-los a uma participação mais atuante em atividades físicas e no esporte de forma geral, quando comparados às mulheres. No mesmo sentido carDoso et al 12 demonstram em seu estudo que homens em geral se percebem mais ativos fisicamente e gostam mais de atividades que buscam competitividade e agressividade do que as mulheres. Tais achados segundo os mesmos autores nos levam a pensar na importância da agressividade e embatividade na formação da masculinidade.…”

“…Com relação, à experiência motora, no estudo de carDoso et al 12 com homens e mulheres atletas, os praticantes de futebol faziam mais atividades físicas complexas e em grupo, e os nadadores praticavam mais esportes de aventura ou radicais e modalidades individuais, ilustrando dessa forma um perfil ou um traço do indivíduo para atividades com estruturas similares.…”

Percepção das praticantes sobre os benefícios físicos e psicológicos da dança do ventre

“…A Dança do Ventre vem sendo pouco discutida na Educação Física, o que impede a disseminação dos conceitos relacionados a ela, que acaba ficando relegada à prática informal (CARDOSO et al, 2010). O estudo de Procópio (2008), que avaliou dez instrutoras de Dança do Ventre mostrou que elas não possuíam argumentação teórica suficiente que sustentasse os aspectos educacionais da prática, e que baseavam seus planejamentos em materiais não científicos, confirmando a escassez desse tipo de conhecimento acerca da Dança do Ventre.…”

“…Dançar é expressar sentimentos através do corpo junto à música, permite a soltura de tensões e traz relaxamento (MORO, 2004). Um dos conteúdos da cultura corporal de movimento, a dança temática, como a Dança do Ventre por exemplo, vem sendo pouco discutida na Educação Física, o que impede a disseminação dos conceitos relacionados a ela, ficando relegada à prática informal (CARDOSO et al, 2010). Além da beleza da modalidade, autores confirmam os benefícios psicológicos e físicos da dança em geral, e principalmente para o público feminino, destaca-se a Dança do Ventre (MARCUCCI, 2010).…”

Inter-Relação Entre Diferentes Estilos De Dança E a Sexualidade Humana

“…Estudos sobre a identidade geral e corporeidade de atletas e dançarinos são relativamente comuns na literatura internacional (Aalten, 2007;J. Taylor & C. Taylor, 1995;Langdon & Petracca, 2010;Dyck & Archetti, 2003;Jones, Glintmeyer & Mckenzie, 2005), sendo que alguns deles abordam a identidade de sexo/gênero (Hills, 2006;Kamberidou, Tsopani, Dallas, & Patsantaras, 2009;Cardoso, Silveira, Zequinão, Martins, & Souza, 2010;Neves, 2013). Contudo, raros são os estudos que abordam a sexualidade (Hanna, 1999).…”