Aula Prática De Anatomia Vegetal Para Deficientes Visuais E Videntes Através De Modelos Tridimensionais

Abstract

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Modelos didáticos para o ensino de botânica: uma proposta inclusiva para alunos com deficiência visual

“…Entretanto, dentro das diversas áreas da Biologia, a botânica geralmente é tratada com desdém por alunos e até mesmo pelos professores (CORRÊA et al, 2016). Essa falta de interesse pode estar relacionada a diversas situações: as informações são muitas e se tornam cada vez mais complexas com o desenvolvimento científico e tecnológico; no ensino, em especial, é comum a utilização de nomenclaturas de difícil assimilação por parte dos alunos; em geral, o estudo necessita de equipamentos caros e inacessíveis para muitas instituições de ensino, como microscópios e lupas, cabendo ao professor criar mecanismos para melhorar a sua aprendizagem; em algumas salas de aula a proposta de ensino é baseada em métodos convencionais, restritos aos livros didáticos e aulas expositivas que não atendem a real situação à qual o estudante está inserido (MELO et al, 2012;CORRÊA et al, 2016;SILVA;ARRUDA, 2021).…”

“…No entanto, incentivar a abstração por parte de alunos deficientes visuais é algo que exige a exploração de outros recursos, muitas vezes não disponíveis ao professor, podendo, desta forma, alguns conceitos passar despercebidos a esses alunos. Existe, então, a necessidade de elaborar estratégias didáticas apoiadoras e facilitadoras do ensino e aprendizagem, para que os alunos com deficiência visual tenham acesso a esses conceitos e aprendizagem significativa (LOPES; ALMEIDA; AMADO, 2012;SILVA;LANDIM;SOUZA, 2014).…”

Construindo Protocolos Para O Ensino De Anatomia Vegetal Através De Práticas Laboratoriais Acessíveis

“…Outros recursos que já foram propostos são os modelos didáticos que buscam enriquecer as aulas e torná-las mais atrativas, despertando o interesse na Botânica por meio da correlação à ecologia, adaptações evolutivas e estruturas morfológicas, como estruturas tridimensionais de órgãos vegetais feitas com imagens em papel (Ceccantini, 2006;Ventrella, 2016), modelos sintéticos de materiais vegetais (Silva et al, 2016;Ribeiro;Carvalho, 2017;Manzoni-de-Almeida et al, 2019), modelos didáticos feitos de tecido (Aguiar-Dias et al, 2021), além de modelos didáticos adaptados para pessoas com deficiência visual (Edson-Chaves et al, 2020). Além de modelos que simulam cortes histológicos e/ou estruturas em 3D, também existem alguns recursos didáticos que visam a maior participação dos estudantes, tais como o uso/produção de paródias durante as aulas (Lemos et al, 2018) e aplicações de jogos didáticos Vieira;Corrêa, 2020).…”

Adaptações botânicas para contexto inclusivo: relato de experiência com abordagem no ensino-aprendizagem de um estudante cego / Botany adaptations for inclusive context: experience report with teaching-learning approach for a blind student

“…Em face de sua complexidade, o ensino de Botânica é considerado por muitos educadores como abstrato e de difícil compreensão por parte dos alunos, resultando o desinteresse destes pela aprendizagem (ALVES et al, 2020). Tais dificuldades tornamse ainda maiores, quando se trata da educação de estudantes cegos, que pela limitação do campo visual, necessitam de outras formas que lhes possibilitem a apreensão de "informações do mundo externo" (NUNES; LOMÔNACO, 2010).…”