Atividades inovativas em indústrias de "baixa e média-baixa" tecnologias: um exame dos mecanismos de difusão da inovação

Abstract

Este estudo avalia as características da inovação tecnológica a partir do pressuposto de que esse fenômeno é parte de um processo composto por diferentes modos de produção de conhecimentos técnico-científicos e de aprendizados. Para isso, além da "tradicional" pesquisa e desenvolvimento (P&D), examinamos um conjunto de atividades desenvolvidas no âmbito da firma. Nessa perspectiva, o artigo prioriza a discussão sobre a inovação em indústrias de baixa e média-baixa tecnologias (BeMB). Para o exame das características das atividades inovativas, confrontamos as indústrias de países selecionados utilizando os dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC, 2010) e da Community Innovation Survey (CIS, 2009) para empresas brasileiras e da União Europeia, respectivamente. As conclusões indicam diferenças expressivas nas características de inovação dos diferentes países e indústrias e sugerem condicionantes institucionais e estruturais como determinantes das atividades tecnológicas.

A matriz do design na empresa (MDE): um modelo conceitual para análise do nível de inserção do design na empresa

“…E para estas indústrias, os autores Hirsch-Kreinsen et al (2003), Hirsch-Kreinsen (2008) e Fornari et al (2014) demonstram que os indicadores baseado em investimento em P&D falseia o processo autêntico de inovação delas, dessa forma, as atividades de inovação não são captadas pelo "radar" de inovação usado pela OCDE (2011), que servem como base para pesquisadores da área e das agências de fomento.…”

“…Ademais, as PMEs frequentemente não possuem dados organizados e ordenados sobre os esforços destinados à inovação e a preocupação em medir exclusivamente os investimentos em P&D não refletem as atividades de inovação destas empresas destes portes. Isto é uma oportunidade para mensurar e avaliar particularidades de empresas industriais, ou não, de baixa tecnologia, por meio de outras formas de criar produtos e desenvolvimento (FORNARI et al, 2014) advindos por intermédio do "learning-by-doing" e do "learning-by-using" (ROSENBERG, 1982;DOSI, 1988). Pavitt (1984), em seu trabalho "Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory", apresentou uma taxonomia para as empresas, cuja classificação é baseadas nas relações entre indústrias de características e de tecnologias díspares.…”

“…Esta taxonomia de Pavitt (1984) é muito importante, pois permite detectar o desenvolvimento tecnológico das empresas com base nas inter-relações entre indústrias de características e de tecnologias distintas (FORNARI et al, 2014), e assim, permitindo identificar (pôr no "radar") inovações baseadas em outros métodos e formas de geração de conhecimento ("learning-bydoing" e "learning-by-using" por exemplo).…”

“…O conhecimento agregado e desenvolvido, resultante de sua apropriação, e talhado aos processos organizacionais, tornam as rotinas das empresas ímpares e diferentes, frente aos de seus concorrentes (FORNARI et al, 2014). As rotinas são modelos de comportamento que se Gestão & Tecnologia de Projetos apresentam de forma regular e previsível dentro das empresas que agem e interagem em um mundo complexo e de mudanças contínuas.…”