Objetivo: investigar níveis de estresse e qualidade de vida em mães de crianças cardiopatas. Método: estudo de caráter exploratório com 23 mães de crianças cardiopatas que responderam os questionários Parental Stress Scale: Neonatal Intensive Care Unit (PSS: NICU) e Qualidade de Vida (WHOQOL-BREF). Resultados: as respostas ao WHOQOL-BREF indicaram que 17% das mães reconhecem a sua qualidade de vida como boa; 21% como precisa melhorar e 60% como regular. A escala de estresse na UTI aponta que as áreas aparência e comportamento do bebê e alteração no papel de mãe são as que causam maior estresse durante a hospitalização, considerando que entre 84% e 100% das respostas tiveram o nível máximo (nível 5) de estresse como resposta prevalente. Conclusão: Este estudo apontou alguns fatores que são, potencialmente, estressores e podem alterar a qualidade de vida das mães de crianças cardiopatas: o diagnóstico da cardiopatia infantil, as cirurgias, a hospitalização, os cuidados iniciais que se prolongam em uma doença crônica. Além disso, é provável que esta afetação esteja associada, também, a elementos constituintes de cada relação parental e familiar e que são sustentados por diferentes histórias de vida.