ResumoObjetivou-se no trabalho avaliar o comportamento de 24 cultivares de cafeeiro, sendo 22 resistentes à ferrugem e duas testemunhas suscetíveis, em diferentes ambientes de Minas Gerais, a fim de contribuir para a recomendação técnica. Os experimentos foram instalados em quatro municípios (Lavras, Campos Altos, Patrocínio e Turmalina). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com três repetições, no espaçamento de 3,5x0,7 m e parcelas de dez plantas. As avaliações de produtividade, porcentagem de grãos classificados em peneira 16 acima e vigor vegetativo referem-se a quatro colheitas (2008 a 2012 Agronomic performance of coffee cultivars resistant to coffee rust in Minas Gerais State, Brazil
AbstractThe purpose of this study was to evaluate the agronomic performance of 24 coffee cultivars (22 rust resistant cultivars and 2 susceptible control varieties) in different environments of Minas Gerais State, Brazil. The coffee plants were planted in four locations (Lavras, Campos Altos, Patrocínio and Turmalina) in three agroclimatic regions. The experiments were arranged in randomized complete block design, with three replications in plots measuring 3.5x0.7 m, with 10 plants per plot. The following traits were analyzed: yield, percentage of grains retained in sieve size 16 and vegetative vigor from four cropping years (2008 to 2012) and the adaptability and stability in yield. The cultivars showed differential performance in the four environments. The cultivars Sabiá Tardio, Pau Brasil MG1, Obatã IAC 1669-20, Catucaí Amarelo 24/137 and IPR 103 were the most promising because they combined higher agronomic stability and adaptability in favorable and unfavorable environments.Key words: Coffea arabica, yield, adaptability, fenotype stability.
INTRODUÇÃOA pesquisa agrícola tem colocado inúmeras tecnologias à disposição dos produtores, com a finalidade de aumentar a produtividade e a renda do cafeicultor. No caso do melhoramento genético, diversas cultivares resistentes à ferrugem-alaranjada (Hemileia vastatrix Berk. et Br), principal doença da cultura, já foram liberadas para uso comercial. A resistência da planta minimiza o uso de produtos fitossanitários no manejo do cafeeiro, notadamente, fungicidas que, na maioria das vezes, são de alta toxicidade ao homem, animais domésticos e silvestres.Apesar do elevado potencial produtivo e de outras características morfoagronômicas de interesse para o cafeicultor, essas novas cultivares vêm sendo adotadas em ritmo lento pelos produtores. É provável que a razão desse comportamento seja a falta de informações sobre o comportamento agronômico de tais cultivares.No Brasil, as regiões cafeeiras são bem distintas em relação ao ambiente, fato que levará à resposta diferenciada (Cucolotto et al., 2007). Embora os melhoristas, em geral, interpretem essa interação como negativa, pois sugere uma barreira ao ganho de seleção, Vasconcelos et al. (2010) ressaltam que as interações