Abstract:ResumoHá no Brasil poucos estudos que considerem a cor como um possível fator de aumento de vulnerabilidade à perda da saúde, que analisem a morbidade levando em consideração a cor/raça das pessoas, especialmente os que abordam a saúde reprodutiva. Estudos realizados nos últimos anos evidenciaram diferenças importantes entre as taxas de mortalidade materna de mulheres de cor branca, parda e preta. Supõe-se que essas diferenças sejam decorrentes de falta de acesso a serviços de saúde e/ou da pior qualidade da a… Show more
“…Patients are seen as object of training, whereas abuse, such as unnecessary or unsatisfactory interventions, ill-treatment, disrespect and their consequences are not recognized as violations of rights (16) . The authoritarian and interventionist professional training brings consequences to how care is provided to the parturient, often understood by them and their companions as negligence, violence and, often, discrimination, whether in public or private institutions (12,23,28) .…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Structural violence was reported as an inadequate infrastructure for attending childbirth and companion receiving (52.1%) and as institutional routines (17.4%) that violate the law and violate their rights. This type of violence was common in public health care visits (18,23) .…”
Section: Interpretations Of Women Companions and Health Professionalmentioning
Women were the main violence rapporteur, with predominance of the psychological type. Precarious infrastructure and the imposition of professional decisions were identified by the companion as violence. For health professionals, performing procedures without consent does not characterize violence, but guarantees childbirth security. Final considerations: The most common types of violence in Brazilian maternity hospitals are psychological, physical and structural. Most of the time, violence is reported by women, although professionals also perceive and admit its perpetuation.
“…Patients are seen as object of training, whereas abuse, such as unnecessary or unsatisfactory interventions, ill-treatment, disrespect and their consequences are not recognized as violations of rights (16) . The authoritarian and interventionist professional training brings consequences to how care is provided to the parturient, often understood by them and their companions as negligence, violence and, often, discrimination, whether in public or private institutions (12,23,28) .…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Structural violence was reported as an inadequate infrastructure for attending childbirth and companion receiving (52.1%) and as institutional routines (17.4%) that violate the law and violate their rights. This type of violence was common in public health care visits (18,23) .…”
Section: Interpretations Of Women Companions and Health Professionalmentioning
Women were the main violence rapporteur, with predominance of the psychological type. Precarious infrastructure and the imposition of professional decisions were identified by the companion as violence. For health professionals, performing procedures without consent does not characterize violence, but guarantees childbirth security. Final considerations: The most common types of violence in Brazilian maternity hospitals are psychological, physical and structural. Most of the time, violence is reported by women, although professionals also perceive and admit its perpetuation.
“…Acredita-se que essa humanização se dá por meio de condutas acolhedoras, sem intervenções desnecessárias e através do fácil acesso aos serviços de saúde de qualidade, com ações de promoção, prevenção e assistência à saúde a gestante e ao recém-nascido, garantindo o atendimento desde o ambulatório até o atendimento hospitalar de alto risco se for necessário (Cardoso et al,2016). Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e5019119807, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9807 das mães realizaram no mínimo seis consultas pré-natais, como recomenda o MS (Belfort, 2016 Esse achado corrobora com estudos que destacam o importante papel exercido pelo profissional de enfermagem, pois a sua atuação é essencial para melhoria da assistência às gestantes, favorecendo o aumento da cobertura pré-natal e possibilitando uma assistência humanizada (Silva et al, 2017;Gomes et al, 2019).…”
Section: Assistência Pré-natal Sob O Olhar Quilombolaunclassified
“…A fala de E3, reflete, por exemplo, a deficiência do atendimento do sistema hospitalar de referência para o atendimento ao parto, acarretando riscos para a saúde da mulher e do recém-nascido (Cardoso et al, 2016;Belfort, Kalckmann & Batista 2016).…”
Section: Limites E Desafios No Período Gestacionalunclassified
Objetivo: compreender a percepção de mulheres quilombolas sobre a assistência pré-natal recebida durante o período gestacional. Metodologia: estudo qualitativo, realizado no mês de setembro de 2017 em uma comunidade rural de remanescentes quilombolas, localizada em um munícipio do Nordeste do Brasil. Participaram da pesquisa todas as mulheres que estiveram grávidas entre 2014 e julho de 2017. Os dados foram coletados através de entrevista semiestruturada e analisados a partir da Análise de Conteúdo. Resultados: evidenciou-se que as mulheres quilombolas compreendem o acompanhamento pré-natal como um importante recurso para minimizar os agravos na gestação, tanto para a mãe quanto para o recém-nascido. Nesse contexto, notou-se que o profissional de enfermagem tem papel fundamental na assistência ao pré-natal e sua atuação envolve o cuidado técnico, construção de vínculo, apoio, confiança e acolhimento. Ademais, constatou-se que, apesar da melhora no acesso às consultas com a implantação de uma Estratégia de Saúde da Família, ainda há dificuldade com relação à realização de exames de rotina solicitados, uma vez que todas dependem exclusivamente do sistema público de saúde. Conclusão: Há necessidade de fortalecimento da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, com vistas a garantir maior acesso aos serviços e reduzir as iniqüidades em saúde, uma vez que se trata de um grupo em situação de dupla vulnerabilidade, tanto por ser mulher quanto por ser negra.
“…As manifestações discriminatórias nem sempre ocorrem de forma explícita, portanto há dificuldade na caracterização destas práticas. Essa falta de percepção da discriminação racial é fruto, em parte, da ideologia acerca do mito da democracia racial, vivenciado no país (Belfort, Kalckmann e Batista, 2016). Oliveira (2017) relata que em sua pesquisa todas as entrevistadas possuíram dificuldade em perceber o racismo, entretanto admitiram a existência do preconceito racial e do racismo, porém não conseguiam apontar situações que pudesse identificá-los.…”
Section: Eu Fiz Questão De Ter Uma Doula Quando Não Pude Mais Fazer O Parto Domiciliar Aí Eu Quis Ter a Doula E Ela Me Ajudou Muito () A unclassified
Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem compreensivista, que objetivou explorar a perspectiva de mulheres negras sobre as iniquidades raciais na assistência obstétrica e analisar as suas percepções acerca da assistência recebida durante a gestação, parto e pós-parto. Foram entrevistadas oito mulheres, no período de abril a setembro de 2019, através de entrevistas individuais, utilizando a técnica de entrevista narrativa aberta. Os dados foram analisados por meio da técnica da análise de conteúdo temático. As entrevistadas afirmam que desejam um parto respeitoso e de sua escolha, entretanto, relatam as experiências racistas vividas e estratégias utilizadas durante a gestação para fugir da violência obstétrica. Conclui-se que elas consideram o cenário da assistência obstétrica desigual e mais violento para as mulheres negras, e em seus processos de gestar e parir criam uma rota de fuga dessa violência, em busca de garantir um parto humanizado. Além disso, afirmam que a rede de apoio é fundamental para o protagonismo durante o parto e para a mulher negra essa rede também funciona como fator protetor diante da violência obstétrica.
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