Aspectos sociodemográficos e clínicoepidemiológicos da tuberculose em um município do nordeste brasileiro

Abstract

Objetivo: Realizar análise epidemiológica da correlação entre fatores sociodemográficos e a incidência da tuberculose. Métodos: Trata-se de um levantamento epidemiológico descritivo desenvolvido em um município do nordeste brasileiro sobre a incidência da tuberculose e a sua relação com os fatores sociodemográficos. A análise dos dados objetivou promover a análise da correlação entre o surgimento de novos casos de tuberculose e as variáveis sexo, raça, zona de moradia e faixa etária das pessoas acometidas. Resultados: Observou-se que a incidência da tuberculose apresenta diferenças estatísticas significativas em relação a todos os parâmetros analisados, acometendo mais homens (63,2%), pardos (60,2%), habitantes da zona urbana (88,4%), e com faixa etária entre 20 e 64 anos (70,6%). Conclusões: O presente estudo identificou que as variáveis analisadas na população do município estão diretamente associadas à incidência da tuberculose, demonstrando a correlação entre elas. A ocorrência da tuberculose deve ser entendida em seus vários aspectos, transpassando a visão clínica, para o entendimento dos fatores sociais que contribuem com a sua incidência, o que torna possível ações direcionadas de controle.

The Xpert® MTB/RIF diagnostic test for pulmonary and extrapulmonary tuberculosis in immunocompetent and immunocompromised patients: Benefits and experiences over 2 years in different clinical contexts

“…immunodeficiencies who are usually paucibacillary, emphasizing the importance of including molecular testing as an additional tool for the diagnosis of TB. From the sociodemographic aspects, several studies in Brazil have reported similar findings [23][24][25], with the pulmonary form being the most prevalent [24]. A favorable outcome of treatment was observed in most new TB cases, which is in line with previous report [25].…”

Saúde Pública: Novas Tecnologias Para Ação E Inovação

“…Além disso é nítido percebemos, que a maioria dos casos notificados possui ensino fundamental incompleto, que é um indicador indireto de condições sociais que podem postergar pelo contexto social no qual a população está inserida. Esse dado representa um entrave para o controle da tuberculose, visto que essas pessoas poderão ter dificuldades na compreensão da patologia das orientações para seu tratamento e prevenção (SANTOS SILVA et al, 2020).…”

“…A TB configura-se como um problema de saúde pública mundial, uma vez que está estreitamente relacionada com a pobreza, desnutrição, aglomeração, habitação abaixo do padrão e cuidados de saúde inadequados (SOUSA LEAL et al, 2020). Desse modo, apresentase como uma doença associada a raízes sociais, abrangendo uma estreita relação com os fatores socioeconômicos (SANTOS SILVA et al, 2020). , 2022).…”

A proteção social em áreas vulneráveis à tuberculose: um estudo misto em São Luís, Maranhão

“…Os dados são semelhantes a outros estudos pesquisados, como de Oliveira et al (2020) que analisaram o perfil da tuberculose na região Nordeste do Brasil, durante o período de 2008 a 2018, observaram que a doença apresentou maior incidência entre indivíduos de 20 a 29 anos, sendo a maioria no sexo masculino (38.306 casos). Silva et al (2020), em uma análise epidemiológica da correlação entre fatores sociodemográficos e a incidência da tuberculose na região Nordeste, verificaram que a doença acomete mais homens (63,2%), pardos (60,2%) e com faixa etária entre 20 e 64 anos (70,6%), corroborando com o estudo em questão.…”

“…Outro fator importante a ser destacado é que a baixa escolaridade favorece a não adesão ao tratamento da tuberculose, visto que se trata de um fator social como uma barreira sociocultural no que se refere ao acesso aos serviços de saúde, por causa da deficiência de conhecimento e percepção pelo doente dos sinais e sintomas da doença, retardando a busca pelo serviço de diagnóstico. Ressalta-se que a escolaridade é um determinante social da saúde, uma vez que a educação influencia na capacidade do indivíduo em adquirir informações de promoção da saúde, prevenindo-se de doenças e ampliando a adesão ao tratamento (SILVA et al, 2020;PEREIRA, ZANIN, FLÓRIO, 2020;SILVA et al, 2019).…”