Aspectos qualitativos e amadurecimento do araçá amarelo tratado com radiação UV-C

Abstract

O araça amarelo apresenta interessante potencial nutricional e funcional devido a sua atividade antioxidante e a presença de compostos bioativos e qualitativos que favorecem seu consumo nas mais variadas formas, contudo a baixa vida útil desse fruto compromete sua comercialização na forma in natura, sendo a forma processada incompatível com o desejo do consumidor em elaborar um novo produto. Deste modo o presente trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos da radiação UV-C como tecnologia de conservação sobre os aspectos fisiológicos e no prolongamento da vida útil do araça amarelo armazenado em condição de temperatura ambiente. Os frutos foram expostos aos raios UV-C por 0 (controle), 3 e 6 minutos e avaliados a cada quatro dias por 12 dias sobre as seguintes variáveis: Perda de massa fresca, firmeza do fruto, coloração da casca, sólidos solúveis, acidez titulável, índice de maturação, teor de vitamina C, teor de clorofila, carotenóides, taxa respiratória e produção de etileno. A qualidade dos araçás foi comprometida logo após o quarto dia nos frutos do tratamento controle caracterizando pela elevada perda de massa e firmeza dos frutos além de perda da coloração natural e pico da atividade respiratória e da produção de etileno. A exposição à radiação por 3 e 6 minutos pouco diferiu entre si para as características avaliadas e mantiveram vida útil dos frutos por até 8 dias com pico da taxa respiratória e produção de etileno e ausência de podridões. A exposição dos frutos por 3 minutos é suficiente em gerar alterações fisiológicas benéficas quanto à qualidade dos frutos.

Cloreto de cálcio e radiação ultravioleta na conservação pós-colheita do tomate

“…Resultados semelhantes foram observados por Severo et al, (2015) neste estudo frutos de tomate foram embalados e tratados com radiação de UV-C, os autores relatam que embora a radiação UV-C estimulou a produção de etileno, a evolução do amadurecimento dos frutos foi retardada. O uso de UV pode retardar alguns processos fisiológicos dos frutos, como a degradação de clorofilas, mantendo os frutos verdes por um maior período de tempo, e a produção de etileno influenciando desta forma no processo de senescência (Sanches et al, 2017). O etileno é um hormônio vegetal natural produzido por muitos frutos, é responsável pelo aumento da taxa de respiração, e desta forma, acelera o processo de senescência, altas concentrações de etileno no ar durante a pós-colheita provoca amadurecimento, amaciamento da polpa, aumento das doenças de armazenamento e mudanças na coloração de frutos.…”

“…Além disso, seu uso tem proporcionado o retardo de algumas mudanças associadas ao amadurecimento e as desordens fisiológicas. (Sanches et al, 2017).…”

Atraso Na Maturação E Qualidade Pós-Colheita De Seriguela Exposta a Radiação Ultravioleta-C

“…O estresse por radiação UV-C também restringiu a perda de massa fresca em frutos inteiros como em abacates ''Hass'' (DAIUTO et al, 2013), tomates cv. Hinac (PINHEIRO et al, 2015) e em araças (Eugeniastipitata L) (SANCHES et al, 2017a), sugerindo tal efeito ao controle da atividade respiratória, principal mecanismo de perda de massa em frutos após a colheita.…”

“…Os benefícios da irradiação UV-C também já foram verificados no controle dos processos de amadurecimento e senescência dos frutos conforme preconizado por Sanches et al (2016), em tangerinas, Campos et al (2015), em tomates e Daiuto et al (2013), em abacates ''Hass''. Do mesmo modo, Pan;Zu (2012), e Sanches et al (2017a), notaram que o tratamento UV-C mostrou-se ser uma boa alternativa para aumento nos compostos bioativos em abacaxis e em araças amarelos (Eugenia stipitata L.), respectivamente.…”

Radiação UV-C na qualidade pós-colheita de pitaia vermelha

“…The treatments submitted to UV-C radiation presented an increase in this content until the 6th day, with a decrease later only for 3.62 and 7.24 kJ m −2 . The dose of 1.81 kJ m −2 maintained mean values higher than the other treatments in the last days of storage (14th and 16th day of analysis), possibly due to the reduction of physiological changes caused by the defense mechanism stimulated by UV-C radiation, providing certain stability(Sanches et al, 2017a). The highest carotenoid contents are justified by the synthesis of these pigments, as a result of the physiological processes of senescence, with a higher carotenoid accumulation and chlorophyll degradation, as no significant content was observed in the evaluated fruits for the chlorophyll parameter(Sanches et al, 2017b).…”