Aspectos produtivos e sanitários do rebanho leiteiro nas propriedades do sudoeste da Bahia

Abstract

O leite é um alimento de grande importância nutricional. Além disso, a atividade leiteira pode ser destacada pelo desenvolvimento econômico e social que promove nas propriedades rurais. Dessa forma, objetivou-se, neste trabalho, caracterizar a produção de leite e o manejo sanitário dos animais de propriedades da bacia leiteira da região sudoeste da Bahia. A metodologia proposta foi composta pela aplicação de um questionário, constituído de questões objetivas, a uma amostra de 94 produtores, que fornecem leite para cooperativas ou laticínios da região, cadastrados no diagnóstico inicial das fazendas do programa Geraleite. Os dados obtidos foram importantes para conhecer e comparar o perfil de fazendas leiteiras nessa região. Com a pesquisa, constatou-se que 54,7% dos produtores não fazem anotações zootécnicas e 64,9% não fazem anotações relacionadas à parte econômica. Dos entrevistados, 82% praticam nas propriedades uma ordenha e 18% duas ordenhas por dia, a monta natural não controlada foi o manejo reprodutivo mais utilizado. A média geral da produção de leite nas fazendas foi de 1125 litros de leite/vaca/ano e 3,1 litros/vaca/dia. Essa baixa produtividade deve-se, principalmente, à deficiência tecnológica, animais não especializados e à falta de assistência técnica nas fazendas.

Perfil zoossanitário de propriedades leiteiras no sul do Rio Grande do Sul, Brasil

“…Prevalece com maior utilização entre as propriedades o sistema de ordenha mecânica ao pé (56,0%). Em contrapartida, um estudo realizado por Patês et al (2012) no estado da Bahia, mostrou que 93,6% das 94 propriedades de gado leiteiro estudadas realizam a prática da ordenha manual. Outro estudo feito por Júnior et al (2015), realizado no Rio Grande do Norte aponta que todas as 28 propriedades estudadas realizavam ordenha manual com bezerro ao pé, o que indica um maior índice de tecnificação por parte dos produtores leiteiros do Rio Grande do Sul.…”

Cenário atual da pecuária leiteira ativa nas propriedades rurais de Presidente Figueiredo, Amazonas, Brasil

“…Com relação ao manejo da ordenha, 72,73% dos produtores fazem somente uma ordenha por dia, sendo esta pelo período da manhã. Esses dados corroboram com os achados de Fernandes et al (2012), e Patês et al (2012). Nestes estudos a ordenha única era adotada ou por conta da produção leiteira das vacas serem muito baixa, justificativa também levantada por 57,14% dos produtores de Presidente Figueiredo ou por não ter oferta de alimento para os animais, onde 14,29% dos entrevistados neste estudo também afirmaram, e 100% dos produtores entrevistados afirmaram realizar a lavagem e secagem dos tetos, sendo esta percentagem maior do que Almeida (2013) encontrou (70,8%) em Diamantina -MG, porém, 33,33% utilizam apenas água para a higienização, procedimento não adequado.…”

“…A análise dos dados foi realizada com auxílio do programa software Microsoft Excel for Windows versão 2011 e organizados em gráficos e tabelas. Como forma de estabelecer uma compreensão e visualização das características relevantes à dinâmica produtiva agropecuária e agroindustrial do município supracitado, a análise estatística descritiva foi utilizada (PATÊS et al, 2012).…”