Aspectos epistemológicos das discussões sobre formação de professores em trabalhos publicados na Conferência Nacional sobre Modelagem na Educação Matemática

Abstract

In this article we discuss epistemological aspects concerning the continuing education of teachers mentioned in the works published at the National Conference on Modeling in Mathematical Education (CNMEM) in the last decade. The research was guided by interrogation: What is shown, epistemologically, of the discussions presented by the authors who discuss the formation of teachers, mentioned in the work on continuing education published in CNMEM? This was established under the qualitative approach, according to a phenomenological-hermeneutic perspective. Eighteen papers published in the conference were analyzed. The analysis revealed that there is no unanimity of comprehension regarding the referrals that should be adopted in the context of the continuing education of teachers and, likewise, in the continuous formation in modeling, which explains the need for intensification of Efforts of the academic community to seek for the establishment of parameters, even if minimum, which seek to harmonize dialogue between these bodies, aiming at the improvement of training initiatives that favor the recurrent practice of Teacher modelling.A Modelagem Matemática 1 , enquanto tendência da Educação Matemática, passou a ser considerada na literatura como promissora, por favorecer o trabalho com a matemática a partir de situações do cotidiano, por incentivar a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem e possibilitar que o professor assuma a postura de mediador (BURAK, 2004; ALMEIDA; SILVA; VERTUAN, 2012).Dentre os autores que têm incentivado a utilização da Modelagem Matemática em sala de aula estão Barbosa (2003) e Burak (2004. Embora o trabalho com a Modelagem Matemática na escola seja defendido na literatura como promissor do ponto de vista da aprendizagem da Matemática, a maior parte dos professores ainda se mostra insegura para utilizá-la, talvez pelo fato de ela solicitar encaminhamentos pedagógicos distintos daqueles que os professores estão habituados a adotar em suas aulas (SILVEIRA; CALDEIRA, 2012); notadamente, aqueles que priorizam a resolução de exercícios e a exposição de conteúdos de forma tradicional. Ressaltamos que o ensino tradicional é, de acordo com Santos (2011), caracterizado por aulas centradas no professor, sendo que ele define quais serão os conteúdos repassados aos alunos, assim como a organização de como será efetuado o processo de ensino-aprendizagem. 1 Esclarecemos que no decorrer do texto utilizaremos as expressões Modelagem Matemática e Modelagem como sinônimos.

Metanálise Do Macroprojeto "Formação De Professores Em Modelagem Matemática: Compreensões E Desvelamentos"

“…O estar na escola não é algo que depende da pesquisa em Modelagem Matemática em si, ainda que esta possa contribuir; depende, em parte, do sistema axiológico que é compartilhado por diferentes teorias de formação de professores, as quais, segundo Matioli (2019), são bastante difusas e pontuais entre grupos de pesquisa da área. Depende, ainda, de um movimento coeso da Educação Matemática de modo geral.…”