Objetivo: Identificar os critérios clínicos utilizados no diagnóstico precoce de asma e as condutas empregadas a fim de gerar ações otimizadoras específicas. Metodologia: Pesquisa de coorte retrospectiva, com análise quantitativa dos dados, em uma amostra estratificada, na qual foram entrevistados pais de pacientes com idades entre 5 e 12 anos, previamente diagnosticados com asma. Resultados: das 35 crianças, em 85,7% havia algum familiar próximo alérgico e em 60% asma diagnosticada. Apresentou discreto predomínio do sexo masculino (20 - 57,1%), mas a manifestação de tosse sem sibilância associada, prevaleceu no sexo feminino (4:1 – ꭙ² p<0,0001). A tosse seca (91,4%) com piora noturna (96,8%) foi o sintoma mais relatado, além do esforço físico (84,3%), do desconforto respiratório (82,8%) e do chiado (85,7%). Os principais desencadeantes foram a poeira, mofo, fumaça de cigarro e perfume (94,2%), e mudança climática (88%). Houve a percepção de melhora com fenoterol inalado (65,7%) e salbutamol (71,4%) inalado (p = 0,13 - X²), sendo que os meninos usaram mais ß₂ (p = 0,03 - X²) que as meninas. A idade do diagnóstico foi de 2 anos em média (e moda), sem diferença entre os sexos. Anti-histamínicos foram usados na asma (80%), além de ter sido observado o uso de ß₂ contínuo sem corticoterapia inalada. Conclusão: tosse seca, chiado e desconforto respiratório recorrentes, foram os sintomas mais valorizados no diagnóstico. Alergia ou asma familiar, fatores desencadeantes e atenuantes também foram considerados. São necessárias atualizações e medidas educativas direcionadas aos profissionais de saúde e pacientes. Novos estudos maiores são necessários.