As vivências como metodologia de ensino da extensão rural: a aproximação entre estudantes e agricultores para a compreensão da realidade social

Abstract

A qualificação dos espaços de ensino por meio de metodologias que coloquem os estudantes em interação com a realidade é vista como uma forma de promover a formação dos profissionais das Ciências Agrárias com uma visão mais holística. Nesse sentido, o presente relato de experiência tem como objetivo contextualizar e problematizar uma experiência metodológica a partir da mediação e condução do elemento curricular de Extensão Rural no curso Técnico em Agropecuária, por meio de vivências de práticas sociais como forma de reflexão sobre a complexidade dos sistemas agrícolas. Deve-se considerar que o elemento curricular de Extensão Rural é tido como o espaço adequado para tratar dos processos de intervenção e mediação dos futuros profissionais. A atividade que será descrita foi desenvolvida no curso Técnico em Agropecuária, modalidade subsequente, do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ao longo do segundo semestre de 2019. O conteúdo foi desenvolvido com alternância de aulas teóricas e vivências em propriedades da agricultura familiar do município de Agudo, Rio Grande do Sul, e organizado em conjunto com a prefeitura e a Emater-RS/Ascar. Como resultado, podem ser destacados o maior comprometimento dos estudantes, o diálogo com a sociedade e um processo mais crítico e reflexivo de ensino. A construção dessa proposta foi inspirada na vivência profissional da extensão rural e baseada nas perspectivas em diálogo com contribuições das correntes pedagógicas, como a histórico-crítica e a construtivista.

O ensino, a pesquisa e a extensão no Ensino Superior

“…A formação dos professores, muitas vezes, é em ambiente puramente acadêmico, o que dificulta incorporar práticas para além do eixo do ensino-pesquisa (FACCO et al, 2021). Além disso, a organização curricular impossibilita a interdisciplinaridade e desconsidera a realidade do estudante facilitando, posteriormente, que estes futuros profissionais tenham uma tendência reprodutiva, cheia de vícios e marcada pela ausência de diálogo na relação ensinar e aprender.…”

“…De acordo com Facco et al (2021), entre outros desafios, encontram-se a qualificação entre os espaços de ensino e aprendizagem, a atualização curricular e a busca por uma maior interação com a realidade, a fim de quebrar essa barreira de conteúdos limitados à sala de aula e, com isso, estimular os discentes frente às dificuldades que o mundo de trabalho, na prática, tende a lhes oferecer. E de fato, a educação no Brasil passa por um momento transformados, necessitando de adaptações e novos modelos de ensino.…”

“…Mostram-se relevantes na proatividade do acadêmico, na interação entre o aluno e o docente, da vinculação da aprendizagem ao momento atual Preparação Pedagógica: concepções para a prática educativa no Ensino Superior | 60 e do desenvolvimento de capacidades para intervenção na própria realidade, aumentando o compromisso com a transformação da realidade (LIMA, 2017;MEDEIROS;SOUSA, 2020;LEITE et al, 2021). Facco et al (2021) ainda reconhecem que o alinhamento dessas bases, relacionadas a mudança de mentalidade, cultura institucional e atividades de formação são fortalecidos pela habilidade de ouvir e dialogar, levando-se em conta o elo entre os docentes, discentes, as instituições e comunidade, e ainda que a temática precisa ser mediada em consonância com as situações que surgem da prática social.…”

Preparação Pedagógica: concepções para a prática educativa no Ensino Superior

“…A formação dos professores, muitas vezes, é em ambiente puramente acadêmico, o que dificulta incorporar práticas para além do eixo do ensino-pesquisa (FACCO et al, 2021). Além disso, a organização curricular impossibilita a interdisciplinaridade e desconsidera a realidade do estudante facilitando, posteriormente, que estes futuros profissionais tenham uma tendência reprodutiva, cheia de vícios e marcada pela ausência de diálogo na relação ensinar e aprender.…”

“…De acordo com Facco et al (2021), entre outros desafios, encontram-se a qualificação entre os espaços de ensino e aprendizagem, a atualização curricular e a busca por uma maior interação com a realidade, a fim de quebrar essa barreira de conteúdos limitados à sala de aula e, com isso, estimular os discentes frente às dificuldades que o mundo de trabalho, na prática, tende a lhes oferecer. E de fato, a educação no Brasil passa por um momento transformados, necessitando de adaptações e novos modelos de ensino.…”