2017
DOI: 10.1590/0103-335220172203
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As Jornadas de Junho no Brasil e a questão de gênero: as idas e vindas das lutas por justiça

Abstract: Resumo Este artigo discute questões de gênero durante o processo das manifestações que ocorreram no Brasil a partir de junho de 2013. Foram levantados, dentro de coletivos envolvidos em tal processo, conflitos e tensões de gênero, bem como as estratégias adotadas para o enfrentamento deles. Essas discussões estão assentadas em três matrizes teóricas: teorias dos movimentos sociais, teoria do reconhecimento honnethiana e discussão feminista sobre autonomia. O texto está ancorado em 20 entrevistas realizadas com… Show more

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“…Se expressões de machismo fizeram-se presentes no percurso das ruas, elas também se tornaram evidentes nos espaços estruturados para a discussão da conjuntura política e das táticas de atuação e preparação de novos atos. Isso pode ser notado, por exemplo, nas APHs [Assembleia Popular Horizontal] que ocorriam em Belo Horizonte [...] (Sarmento;Reis;Mendonça, 2017:111).…”
Section: Cultura Autonomista Ativismo E Coletivosunclassified
“…Se expressões de machismo fizeram-se presentes no percurso das ruas, elas também se tornaram evidentes nos espaços estruturados para a discussão da conjuntura política e das táticas de atuação e preparação de novos atos. Isso pode ser notado, por exemplo, nas APHs [Assembleia Popular Horizontal] que ocorriam em Belo Horizonte [...] (Sarmento;Reis;Mendonça, 2017:111).…”
Section: Cultura Autonomista Ativismo E Coletivosunclassified
“…Um segundo aspecto, estreitamente relacionado ao primeiro, diz respeito à importância crescente que temas relacionados às esferas privada e íntima recebem como campo privilegiado do político, em detrimento da dimensão institucional da política. Em particular, questões relativas à política do corpo e outras questões identitárias (Leal, 2016;Maia & Castro, 2016;Sarmento & Mendonça, 2017) fornece um exemplo particularmente expressivo dessa tendência, já que inclui entre seus capítulos títulos como "Lady Gaga em Cuba", "Mídia Ninja e juventude: corpos e afetos na disputa política e nas narrativas audiovisuais" e "A Primavera Árabe e o enquadramento do outro: a captação da alteridade na narrativa jornalística", não conta com um único capítulo que mencione as instituições políticas tradicionais. O problema, aqui, não é que agendas identitárias sejam desprovidas de mérito político, mas que, como o governo que se seguiu ao golpe de 2016 tem demonstrado claramente, sua eficácia se torna letra morta na ausência de condições ALBUQUERQUE revista compolítica 8(2) 194 institucionais favoráveis.…”
Section: Albuquerqueunclassified
“…As opções, no que tange aos tipos de pesquisa científica adotados e às correspondentes técnicas de coleta ou análise dos dados, são tão vastas quanto o repertório das ciências sociais contemporâneas. Um evento como as Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, por exemplo, foi estudado com base em análise de redes sociais por meio de softwares apropriados (Pimentel e Silveira, 2013), entrevistas semiestruturadas (Sarmento et al, 2015) e pesquisa participante (Tavares e Roriz, 2015). Esse ecletismo também se manifesta sob o aspecto teórico.…”
Section: A Política Como Fogo No Pneuunclassified