Scholars of deliberation conceive of respect as a key component of reasoned democratic exchange. However, disrespect abounds in public debates, especially in contemporary online discussions. This article investigates the factors that foster disrespect in online debates. It also considers whether the existence of some disrespectful utterances may actually contribute to deliberation. After all, in certain situations, some types of disrespect may be useful to public debate to the extent that they may induce reciprocity and engender discursive mobilization. To that end, the article analyzes 1,281 comments about same-sex marriage in Brazil, which were posted on YouTube and other news websites. The analysis points to: (1) a relationship between disrespect and one specific type of reciprocity; (2) an association between disrespect and anonymity; and (3) a correlation between disrespect and the use of religious frames. These results suggest: (1) the importance of disaggregating variables usually associated with "good deliberation"; (2) the relationship between reciprocity and respect; (3) the protection offered by digital anonymity with respect to angry expression; and (4) the tension, first noted by Papacharissi (2004), between politeness and incivility.
Resumo Este artigo discute questões de gênero durante o processo das manifestações que ocorreram no Brasil a partir de junho de 2013. Foram levantados, dentro de coletivos envolvidos em tal processo, conflitos e tensões de gênero, bem como as estratégias adotadas para o enfrentamento deles. Essas discussões estão assentadas em três matrizes teóricas: teorias dos movimentos sociais, teoria do reconhecimento honnethiana e discussão feminista sobre autonomia. O texto está ancorado em 20 entrevistas realizadas com integrantes de coletivos de Belo Horizonte dentro da pesquisa Protestos e Engajamento Político. Nossos achados evidenciam a existência de opressão dentro de movimentos tidos como emancipatórios, mas assinalam o potencial transformador do desrespeito, que instiga estes coletivos a repensarem-se ao longo de suas lutas.
O objetivo deste trabalho é fazer um mapeamento sobre como a tríade gênero-mídia-política tem sido estudada. O gênero, como categoria analítica advinda dos estudos feministas, é uma preocupação dos (as) pesquisadores (as) de comunicação há mais de trinta anos. No entanto, o estudo da conexão mídia– gênero– política ainda é feito em menor escala se comparado às pesquisas desses temas em pares, afirmam Miguel e Biroli (2008; 2011). Em nossa sistematização, os três grandes fenômenos para os quais as pesquisas preocupadas com essa relação afluem são: a) a representação simbólica das relações de gênero nos produtos comunicacionais, a partir da perspectiva dos estudos culturais e do pós-estruturalismo; b) a construção midiática sobre a representação eletiva de mulheres e homens, conjugada com a literatura sobre dificuldade do acesso feminino aos cargos decisórios; e c) a relação entre ativismo feminista e meios de comunicação.
Resumo Este trabalho investiga como foi construído o sujeito do feminismo no jornalismo brasileiro. Os debates sobre sujeito são hoje uma das dimensões fundamentais da teoria política feminista. Neste paper, a análise empírica se concentra em 579 textos publicados no jornal Folha de São Paulo, entre os anos de 1921 e 2016. No primeiro momento (1921 a 1959), observamos que os enquadramentos sobre o sujeito se alternavam na construção da feminista desviante e da feminista aceitável. No segundo momento (1960 a 1989), o quadro da feminista desviante permanece junto de uma ideia mais forte da organização política, a feminista organizada. No terceiro momento (1990 a 2016), novamente, a manutenção do sujeito feminismo como desviante e uma nova ênfase na dimensão individual do ativismo.
O presente trabalho propõe-se a pensar sobre o potencial deliberativo de discussões online em ambientes não institucionais. Integrando um projeto mais amplo sobre deliberação online, o foco deste texto se volta especificamente para os processos discursivos manifestos no Youtube. Para investigar tais processos, trabalha-se com 550 comentários a três vídeos muito acessados que tratavam de direitos LGBT. Esse corpus foi submetido a uma análise deliberativa guiada pelos seguintes critérios: inclusividade, provimento de razões, reciprocidade e respeito presente em cada comentário. A análise indica a existência de uma discussão considerável em torno dos vídeos investigados, sendo que os indivíduos se posicionam sobre a questão abordada, justificando-se e levando em consideração outras perspectivas ali apresentadas. Percebeu-se, ainda, um forte domínio masculino nos debates e forte presença de desrespeito entre os comentadores.
<p>O presente trabalho propõe-se a pensar sobre o potencial deliberativo de discussões online em ambientes não institucionais. Integrando um projeto mais amplo sobre deliberação online, o foco deste texto se volta especificamente para os processos discursivos manifestos no Youtube. Para investigar tais processos, trabalha-se com 550 comentários a três vídeos muito acessados que tratavam de direitos LGBT. Esse corpus foi submetido a uma análise deliberativa guiada pelos seguintes critérios: inclusividade, provimento de razões, reciprocidade e respeito presente em cada comentário. A análise indica a existência de uma discussão considerável em torno dos vídeos investigados, sendo que os indivíduos se posicionam sobre a questão abordada, justificando-se e levando em consideração outras perspectivas ali apresentadas. Percebeu-se, ainda, um forte domínio masculino nos debates e forte presença de desrespeito entre os comentadores. </p>
Resumo: Este trabalho realiza uma revisão da literatura acerca da análise de enquadramento, metodologia frequentemente empregada em estudos de Comunicação e Política para propor a possibilidade da construção de uma análise de enquadramento feminista. Para isso, discutimos a importância da crítica oriunda da epistemologia feminista, que atestam que métodos não são instrumentos desencarnados da realidade social, tampouco do sujeito que pesquisa.
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