Este artigo, objetiva analisar o percurso da literatura especializada sobre a temática formação de professores e relações raciais, no período de 2003 a 2013, com base em 33 (trinta e três) artigos produzidos em revistas com qualificações atribuídas entre A1 a B5, a partir da qualificação registrada no ano de 2015. Para análise das produções levantadas, foram adotadas como aporte teórico-metodológico, as formulações sobre habitus e campo em Pierre Bourdieu (1983, 1998, 1999, 2003); representações em Chartier (1991, 1994); sobre formação de professores em Gatti e Barreto (2009), Gatti, Barreto e André (2011), formação de professores e relações raciais em Gomes (2012); Coelho (2005, 2007, 2009, 2018, 2019) e nos estudos de André (2001, 2002, 2009, 2010). O aporte metodológico será amparado em Bardin (2016), mediante a adoção de algumas técnicas da Análise de Conteúdo para tratamento das informações que serão levantadas por meio da análise do mapeamento da produção acadêmica sobre formação de professores e relações étnico-raciais. Inferimos que a contribuição dos artigos produzidos nos periódicos qualificados entre A1 a B5, movimenta o campo indicando, nos primeiros dez anos do advento da Lei n. 10.639/2003, e suscita a necessidade de contemplar a formação continuada de professores, em face das lacunas advindas da formação inicial, sobretudo na questão da educação para as relações étnico-raciais, e ao cenário contemporâneo de retrocessos em relação a uma educação atenta às diferenças e a diversidade, evidenciando-se como um debate em aberto.