Arqueologia Digital abaixo de zero: uma proposta de mediação para a Arqueologia Antártica

Abstract

O projeto “Paisagens em Branco: arqueologia e antropologia antártica” procura compreender as estratégias humanas de colonização do último continente ao longo do tempo. Neste artigo, aliando perspectivas públicas, digitais e simétricas, propomos novas formas de relações humanas com a Antártica. Assim, além de analisar os grupos sem história — foqueiros, lobeiros e baleeiros — procuramos inserir o público não-arqueológico como agentes dessas narrativas. Para tanto, recorremos ao uso de tecnologias digitais enquanto atores que mediam essas relações. No nosso entendimento, as tecnologias aproximam diferentes públicos do contexto antártico, estimulando a construção de conhecimento de uma forma alternativa e menos direcionada. Nessa abordagem, buscamos levar em consideração a agência do público (arqueólogos e não-arqueólogos), das tecnologias e dos pesquisadores (entre outros actantes) na mediação.

‘Tecnologia apropriada’: reflexões e desafios das novas metodologias 3D em Arqueologia e Conservação. O caso do projeto “Paisagens em branco, arqueologia e antropologia antártica”

“…O uso das tecnologias, contudo, modificou nossa investigação para muito mais do que o inicialmente planejado, ampliando nossos objetivos. Com o auxílio dessas tecnologias, obtivemos uma melhora na localização, no levantamento e na preservação dos sítios arqueológicos em contínuo processo de degradação; pudemos, ainda, pensar formas interativas de mediação dos conhecimentos com o público não arqueológico, alinhando nosso trabalho às premissas da Arqueologia Pública e inserindo nesta temática um programa para o laboratório Soares & Zarankin, 2020;Soares et al, 2018;Soares & Mota, 2017).…”

Assessing tourism patterns in the South Shetland Islands for the conservation of 19th-century archaeological sites in Antarctica

“…These projects could consider offering general narratives about the sealing history in the SSI, specific information about the archaeological sites that are already visited by tourism, and developing archaeological surveys, and protection or management proposals before new landing sites are selected. Some explorations on the use of sealing sites and objects in narrating the past and in creating social and individual memories have been initiated by research groups working in Antarctica (Senatore, Lüdecke, Nuviala, Arrebola, & Roldan, 2019;Soares & Mota, 2017;Soares, Nolasco, & Mota, 2018).…”