“…Entre os estressores próprios da profissão docente, pode-se destacar os intrínsecos ao trabalho (necessidade de aprendizagem contínua, excesso de tarefas a serem realizadas, pressão de tempo, elevada exigência emocional), os das relações sociais (comportamento inadequado de alunos, conflitos entre profissionais, pressão de pais dos alunos e da sociedade em geral), e os relacionados ao desenvolvimento de carreira (promoção e remuneração insuficientes, falta de reconhecimento social). Além desses, há os estressores de variáveis relacionadas à estrutura e ao clima organizacional, como infraestrutura deficitária, carência de materiais e de instrumentos de suporte ao ensino, condições de trabalho precárias, número elevado de alunos em sala de aula e violência presente nas escolas (Esteve, 1999;Goulart Junior & Lipp, 2008;Mazon, Carlotto, & Câmara, 2008;Taris, Leisink, & Schaufeli, 2017). Gomes et al (2010), ao sistematizarem os possíveis estressores da docência, chegaram a seis dimensões de estressores: comportamentos de indisciplina dos alunos; pressões relacionadas ao excesso de trabalho e falta de tempo; dificuldades por conta das diferentes capacidades e motivações dos alunos; condições da carreira docente; burocracia e trabalhos administrativos; e políticas para disciplinar e atuar com autoridade.…”