Antropologia e psicologia

Abstract

invenção da antropologia psicológica e a década seguinte trouxe-nos a psicologia cultural. Nos anos de 1990 redescobrimos o corpo e a fenomenologia e, ao mesmo tempo, testemunhamos o ressurgimento da antropologia cognitiva, a qual durante a primeira década do século XXI parece dominar o campo, contribuindo para o desenvolvimento do que hoje se chama ciência cognitiva. Nas próximas décadas, a antropologia cognitiva continuará dominando nosso entendimento da mente se seu projeto intelectual for capaz de enfrentar as reais implicações políticas do conceito a-histórico de ser humano que se encontra em seu âmago.O argumento deste texto é explicitamente oposto aos modelos cognitivistas, tendo em vista a incapacidade destes em lidar com a realidade histó-rica humana, em geral, e com sua própria natureza histórica, em particular. Assim, não obstante o trabalho muitas vezes fascinante realizado nos vários subcampos da antropologia, e apesar da explosão do Os antropólogos que trabalham na interface entre psicologia e antropologia estão de modo geral comprometidos com a antropologia como ciência. O problema para nós, entretanto, é que, no final do século XIX e início de século XX, o desenvolvimento institucional das ciências humanas segmentou entre diferentes disciplinas os diversos aspectos do que deve ser considerado o humano. Em face dos domínios epistemológicos separados da antropologia, psicologia, sociologia, linguística, filosofia e biologia, os cientistas da última metade do século XX viram-

AS APRENDIZAGENS RITMADAS PELAS CRIANÇAS: Batucando na Escola Viva Olho do Tempo (João Pessoa, PB)

“…Given that children are considered dependent and are institutionalized at a young age, how can they be recognized as agents of knowledge with creative skills? Christina Toren (2012)…”

“…Christina Toren (2012) argues that physical and moral makeup is the dynamic product of a biosocial history. She explains that rather than being solely a brain function, each human being's mind is a function that emerges fully through intersubjective relations with those in the environment.…”

“…We emphasize how the children learn, how they drive their own learning in the group and how they engage in rehearsals and situations managed by adults, focusing on intra-and intergenerational relations in the rehearsals and in other daily experiences through which the children share knowledge. We adopt an interdisciplinary approach that draws on studies of childhood and theories on learning through practice and identify categories including participation, development/growth/time and autonomy based on know-how with regard to knowledge and the skills (in)corporated in/with practice (INGOLD, 2010;LAVE, 2015;CORSARO, 2011;TOREN, 2012).…”

“I Learn as I Please”: The Construction of Children's Knowledge in, and about, a Buenos Aires Neighbourhood

“…In order to look into the relationships between the individual processes of constructing knowledge and social behaviour and the discourses in which children take part, I draw on very recent research trends in anthropology evident among figures like Toren (), Pires () and García Palacios (). In an enriching dialogue with genetic psychology, these authors argue that the meanings we give objects are not absolute or definite but that the cognizant subject always contributes a new element.…”

Do Ipê Roxo na Cidade Nova: experiência etnográfica e aprendizagem situada

“…Esse diálogo é revisitado por Dauster (2004). A antropologia da criança tem pressupostos teórico-metodológicos mais específicos (Cohn 2000(Cohn , 2005Pires 2010), enquanto a antropologia cognitiva tem um campo de interesse bem maior, pois recentemente tem na aprendizagem um foco de interesse importante, ao tentar responder como o conhecimento humano é construído, aprendido, mantido e reformulado (Toren 1993(Toren , 2012Ingold 1991Ingold , 1993Ingold , 2002Lave 1988Lave , 1996Lave , 2011. da antropologia, a preocupação com a socialização e a transmissão da cultura, ao contrário, foi importante não só pela premissa da especificidade ontológica social do pensamento, mas também pela aprendizagem diretamente ligada às preocupações com a cognição, a como se processa o conhecimento e como se constroem modelos de compreensão das sociedades e suas relações.…”