Essa edição traz artigos com conteúdos que refletem as práticas de vanguarda da especialidade, que abrangem, entre outras, o acesso ulnar, um novo mé-todo de obtenção de curvas pressóricas em pacientes com cardiopatias congênitas e estruturais, a oclusão per cutânea do apêndice atrial esquerdo, o tratamento de aneurismas da artéria renal e a denervação simpática renal com cateter de ponta irrigada em hipertensos resistentes. Traz também um artigo de revisão que trata da proteção radiológica na Cardiologia Intervencionista.Andrade et al. da Santa Casa de Misericórdia de Marília, em Marília (SP), apresentam os resultados de pacientes que utilizaram a via ulnar para procedimen tos coronários invasivos. Comparam a ocorrência de sangramentos e complicações vasculares entre casos cujo intuito inicial foi utilizar o acesso ulnar e aqueles cujo emprego desse acesso se deu após fa lha na canulação da artéria radial ipsilateral. Trata-se de centro altamente familiarizado com o acesso radial e ulnar, que dispõe de materiais dedicados e equipe multidisciplinar treinada no manuseio da hemostasia.Novaes et al., do Hospital das Clínicas, em Ribeirão Preto (SP), descrevem a utilização pioneira em nosso meio do sistema pressure-wire na obtenção de curvas pressóricas em pacientes com doenças cardíacas estruturais congênitas e adquiridas. Os autores comentam a limitação frequente dos cateteres diagnósticos na obtenção de curvas pressóricas sem artefatos, e a contribuição po tencial que o método, usando o pressure-wire, pode trazer quando são necessários re gistros manométricos confiáveis da circulação pulmonar, gradientes transvalvares e estenoses de condutos cirúrgi cos ou vasculares nativos. Carlos Pedra, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo (SP), em editorial correspondente, saúda a nova aplicação do método, que vai além da determinação da reserva fracionada de fluxo coronário. Explica a importância da obtenção de dados hemodinâmicos básicos, frequentemente relegada a segundo plano, e da interpretação correta de alguns desses parâmetros, fundamental para guiar uma intervenção apropriada, percutânea ou cirúrgica.Quizhpe et al., do Hospital José Carrasco Arteaga, em Cuenca, no Equador, mostram sua experiência com a oclusão do apêndice atrial esquerdo, com a prótese Watchman ® , em pacientes com fibrilação atrial não elegíveis para anticoagulação. Lembram o pa norama latino-americano, no qual as condições so cioeconômi cas e educacionais, e a dificuldade de acesso à atenção médica tornam ainda mais árduo o controle estrito da anticoagulação, e a possibilidade desses dispositivos re presentarem alternativa para pa cientes com alto risco de eventos embólicos e de sangramento.Barros et al., do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo (SP), abordam as técnicas e táticas para o tratamento endovascular dos aneurismas da artéria renal, eventos raros e que representam um desafio terapêutico. Apresentam a classificação desses aneurismas, de acordo com sua localização anatômi-ca, e analisam o sucesso técni...