Anestesia com cetamina, midazolam e óxido nitroso em cães submetidos à esofagoplastia cervical

Abstract

Este estudo foi realizado para avaliar a anestesia intravenosa com cetamina e midazolam (K-M) em cães ventilados mecanicamente com 66% de óxido nitroso e 33% de oxigênio ou 100% de oxigênio. Foram utilizados 16 cães sem raça definida, hígidos, com peso médio de 14,2 ± 3,78kg, submetidos a jejum sólido de 12 horas prévio ao procedimento. A anestesia foi induzida com a associação de cetamina (10mg.kg-1) e midazolam (0,5mg.kg-1) administrados na mesma seringa por via intravenosa (IV). Para manutenção anestésica, foi utilizada cetamina (5mg.kg-1) e midazolam (0,25mg.kg-1) administrados por via IV em intervalos de 10 minutos. Os animais foram distribuídos em dois grupos: N2O e O2. No grupo N2O, os cães foram ventilados mecanicamente com 66% de óxido nitroso e 33% de oxigênio. No grupo O2, somente o oxigênio foi utilizado para ventilação artificial. Em ambos os grupos, os animais foram submetidos à esofagoplastia cervical. As variáveis fisiológicas utilizadas para comparação entre os grupos foram: freqüência cardíaca, pressões arteriais sistólica, média e diastólica, saturação de oxigênio da hemoglobina e temperatura corporal. A necessidade ou não de doses adicionais da associação cetamina e midazolam também foi registrada para comparação. A análise estatística dos resultados não demonstrou diferenças significativas nas variáveis fisiológicas entre os grupos. No grupo O2, foram necessárias doses maiores da associação K-M para manutenção anestésica nos 30 minutos iniciais (p<0,05). Conclui-se que a anestesia injetável com K-M, nas doses utilizadas neste estudo, com ou sem inclusão de óxido nitroso, não deprime a função cardiovascular, não causa hipotermia, promove indução tranqüila e recuperação satisfatória com salivação e produz adequado grau de analgesia e relaxamento muscular para realização de cirurgias no esôfago cervical em cães. A inclusão do óxido nitroso permite a utilização de doses menores da associação cetamina-midazolam.

Measurement of serum lactate values in domestic cats (<i>Felis catus</i>) submitted to physical and chemical restraint

“…Comparing the serum lactate values in physically contained GPR group and cats of GCR group (time TCR), a significant difference was observed between groups, with GPR values higher than GCR (Table 1), results similar to those observed by Acierno et al (2008) and Rand et al (2002), who observed high hyperlactatemia in felines submitted to physical stress, which may be justified due to the activation of the sympathetic nervous system and the hypothalamic-adrenal axis, caused by the stress caused by the physical restraint, resulting in hyperlactatemia (ACIERNO et al, 2008). However, due to chemical containment there is muscle relaxation, decreased sensory stimuli and analgesia (AKKERDAAS et al, 2001;BRONDANI et al, 2003), resulting in lower values.…”

“…It is suggested that the acute stress caused by physical restraint, through the activation of the sympathetic nervous system, may not be the primary and immediate cause for the increase in serum lactate, but a chronic neuroendocrine and sympathetic activation that the animal may present from the moment of restraint at home and transportation to the Veterinary Hospital, considering that felines may be less tolerant to manipulations in their own territories (QUIMBY et al, 2011). During the chemical restraint, the use of ketamine-S, Midazolan, and Tramadol Hydrochloride influenced the reduction of serum lactate values, depressant action in the respiratory system and in the thermoregulatory center, activation of sympathetic tone, muscular myorelaxation, and hypnosis (BRONDANI et al, 2003).…”