O presente artigo propõe uma articulação entre a teoria da escritura de Jacques Derrida e reflexões epistemológicas concernentes à comunicação. O argumento, construído de forma crítica a partir de pesquisa bibliográfica exploratória, consiste em reconstituir a noção de escritura em Derrida destacando, primeiro, seu aspecto técnico e, posteriormente, sua operacionalização no discurso enquanto rastros; caráter que a aproximação de uma reflexão midiática. A partir disso, demonstramos como esse pensamento do rastro se expressa na (e expressa a) materialidade comunicacional na sua atualização por Bernard Stiegler e seu conceito de gramatização. Por fim, como ensaio-piloto de ação dessa teoria, realizamos uma leitura da performatividade algorítmica como expressão contemporânea da escrituração comunicacional. Tal percurso acaba por demarcar para o potencial heurístico dessa perspectiva para a atual pesquisa com escritas midiáticas – e para a própria epistemologia da comunicação.