Este artigo tem por objetivo provocar a discussão acerca do papel protagonista que exerceu e exerce o sujeito popular na América Latina e o Caribe, a partir da demarcação histórica da relação do popular com os processos revolucionários do continente, em especial o da Revolução Mexicana. Para tanto, será realizado um exercício de visualização de uma fotografia (anônima), uma arte mural (de Diego Rivera) e uma xilogravura (de Posada). Neste texto, afirma-se o popular como o universo dos sujeitos que, vinculados à superexploração a partir do trabalho formal ou informal, demarcam, tanto a condição do extrato social mais violentado do modo de produção capitalista (condição periférica em geral, e periférica urbana em particular), como as histórias de resistências, experiências cotidianas de sobrevivência, em meio à hegemonia do capital. Metodologicamente, o desenvolvimento será desdobrado a partir de uma pergunta geradora, fornecida pelo cubano Alejo Carpentier: ¿Pero qué es la historia de América toda sino una crónica de lo real-maravilloso?