Resumo: Objetiva-se explorar, na obra do artista Leonilson(1957Leonilson( -1993, a questão da homossexualidade, investigando a forma como esse tema é desenvolvido e sua possível relação com o modo com que a homossexualidade é abordada pela sociedade atual. A evidência de homofobia e a crescente discussão em torno da temática da diversidade possibilitam ampliar significados sobre a obra desse artista. Nesta pesquisa qualitativa, realizou-se levantamento bibliográfico nos periódicos CAPES, arquivos de instituições locais e análise documental de sua obra. A presença recorrente da ambiguidade e o questionamento das verdades na obra de Leonilson apontam para a reflexão sobre a diversidade de gênero, para uma 'não questão da homossexualidade', como uma das formas de existência do humano. É nesse sentido também que Leonilson trata de outros grupos marginalizados. A reflexão sobre gênero a partir da obra de Leonilson merece ser mais explorada, tendo em vista a escassez de pesquisas sobre esse artista brasileiro.
Palavras-chave:Leonilson, homossexualidade, arte contemporânea.Abstract: This paper intends to explore, through the works of the artist Leonilson (1957Leonilson ( -1993, the question of homosexuality, investigating the way in which this theme is developed and its possible relationship with the manner in which homosexuality is approached by contemporary society. Evidence of homophobia and the growing discussion about the theme of diversity have enabled the work of this artist to take on greater significations. In this qualitative study a bibliographical search was performed in CAPES periodicals and the archives of local institutions, as well as document analysis of his works. The recurring presence of ambiguity and the questioning of truths in Leonilson's work point to a reflection on gender diversity, to a 'non-issue of homosexuality', as one of the forms of human existence. It is also in this sense that Leonilson deals with other marginalized groups. Reflection on gender based on the works of Leonilson deserves to be explored more, in view of the scarcity of research on this Brazilian artist.
A presente pesquisa tem como proposta estudar até onde e de quais formas o coletivo artístico mexicano Taller de Gravura Popular influenciou o cenário cultural do Brasil. Para isso, num primeiro momento, foi apresentada a história do TGP focando em sua origem e trocas de direção, posteriormente optou-se por analisar como o coletivo teve contato com museus de gravura brasileiros, considerando estes como ambientes culturais atuantes na formação de sujeitos, e se após esse contato as instituições reproduziram os princípios do TGP. Vale ressaltar que a bibliografia coletada referente ao Taller foi oriunda principalmente de fontes em espanhol, portanto uma das tarefas da pesquisa foi traduzir sua história para português, o que levou demasiado tempo. Assim não sendo possível realizar uma análise profunda da influência do grupo no Brasil. Contudo vemos o potencial do assunto, e assim esperamos que a pesquisa possa ter continuidade.
Selligmann-Silva acredita que a arte tem o papel de inscrever criticamente as violências e os esquecimentos, “anarquivando” a história. Na contemporaneidade, muitos artistas têm atuado também em museus de natureza não artística, intervindo na conscientização da existência de outras narrativas. O estudo menciona duas exposições que problematizam tais questões: “Marcas” (2018), da Fundação Joaquim Nabuco em Recife e “Necrobrasiliana” (2022), do MUPA (Museu Paranaense). No Paraná, arte e museu também andam alinhados num dos mais recentes cursos de Graduação em Museologia, oferecido por uma universidade pública, a Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Neste relato, procuramos contar a breve história do curso que iniciou em 2019, e reafirmar que a arte trabalha como um agente questionador imprescindível, apresentando narrativas que foram sistematicamente silenciadas ao longo do tempo.
O pesquisador da arte freqüentemente recorre a métodos de pesquisa oferecidos poroutras áreas do conhecimento. As experiências dos historiadores, por exemplo, inspiram inúmeraspossibilidades de pesquisa, dentre as quais destaco a História Oral. A crescente produção de textosvoltados à importância, à construção, ao uso, às especificidades da fonte oral aliada í ssurpreendentes possibilidades de indagação dessa fonte tem seduzido pesquisadores que, como eu,trabalham com a história da arte recente. Neste texto descrevo uma experiência de uso da fonte orale especulo sobre o ponto de vista dos burocratas da arte, aqueles que constituem o meio artísticooficial consagrando nomes, destronando-os ou condenando-os ao esquecimento.PALAVRAS-CHAVE: pesquisa em arte; história oral; história da arte paranaense do século XX;
RESUMO:O presente texto relata e analisa a experiência de uma das etapas do projeto de ensino Campo Remoto, realizado durante os anos de 2020 e 2021, enquanto estratégia diante do Ensino Remoto Emergencial (ERE) desencadeado em virtude da covid-19. Intitulada HH, a atividade contemplou a adaptação do ensino de História da Arte a partir de perspectivas relacionadas à aspectos das Histórias Hegemônica, Herege, Hedionda e Heterogênea. Organizado a partir de 5 encontros, o sub-projeto HH foi constituído de apresentações de docentes, bem como de participações de alunos e de pesquisadores de pós-graduação. Tais atividades foram pensadas em consonância com os debates sobre os limites da história e da historiografia da arte em uma perspectiva relacionada à diferença, a divergência, bem como à decolonidade e aos debates identitários em oposição ao sistema de sexo/gênero.
Depois de alcançarem a consagração, alguns artistas tendem a realizar uma produção uniforme, sem grandes variações. Outros, no entanto, modificam sua produção ao bel prazer do grande público. Para a História da Arte, essas situações são apontadas frequentemente como "comuns" e, consequentemente, podem ser também observadas nas carreiras de artistas do Estado brasileiro do Paraná. Assim, depoimentos concedidos por três pintores regionais – Domício Pedroso, Fernando Velloso e Érico da Silva – ilustram perfeitamente essa questão e contribuem para que acompanhemos suas trajetórias artísticas. As reflexões de Pierre Bourdieu e Sílvio Zamboni permitem elucidar as escolhas feitas por eles. Foi possível verificar, por exemplo, a existência de dois tipos de consagração: a de mercado, ligada a um público mais amplo, de não iniciados, e a simbólica, aliada a um pequeno público seleto de especialistas. Deslocando-se para fora do eixo Rio-São Paulo, este estudo objetiva ainda contribuir com a compreensão que se tem da história da arte brasileira.
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