“…Além dessas, outras patologias estão sendo associadas em estudos recentes, entre elas podemos destacar o câncer, doenças autoimunes, asma e infecções por parasitas, bactérias e vírus (SOCIEDADE BRASILEIRADE IMUNOLOGIA, 2021).Quando comparados a pessoas de peso saudável, a população obesa apresentou risco mais elevado para o aumento da morbimortalidade, de hospitalização e da necessidade e ventilação mecânica em indivíduos portadores de infecções respiratórias, pois sintomas como febre persistente, tosse intensa e pneumonia parecem ser mais graves(DA SILVA, et al 2020).O estado nutricional vem sendo associado a alteração da evolução viral no hospedeiro e mostrou prolongar infecções, retardar a depuração e elevar a multiplicação desses micro-organismos, aumentando potencialmente a transmissão. Outra comparação feita em hospitais evidenciou que pacientes com obesidade apresentaram um pico de carga viral mais alta em comparação aos pacientes eutróficos(DA SILVA, et al 2020).Isso ocorre porque há diversas alterações no sistema imune em decorrência direta da obesidade, que podem contribuir para o aumento da suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças crônicas e infecciosas, https://proceedings.science/p/159562?lang=pt-br principalmente pela ativação de mecanismos pró-inflamatórios (DA SILVA, et al2020).Em indivíduos obesos, a função fisiológica do tecido adiposo é comprometida, pois os adipócitos sofrem mutações, tais como o aumento do tamanho, a distribuição atípica pelo corpo, modificações na matriz extracelular, na vascularização, nos níveis de estresse oxidativo, no perfil das adipocinas secretadas e no estado inflamatório das células imunes nesse tecido(SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNOLOGIA, 2021).Quando os adipócitos produzem TNF-α, interleucina (IL) 1β, IL-6, IL-8, leptina e resistina de forma aumentada, associado a redução de IL-10 e adiponectina, a obesidade é caracterizada como um estado inflamatório de baixa intensidade, chamada de meta-inflamação e que seria uma possível teoria descrita por Ryan e Caplice (2020), em que o tecido adiposo de obesos atuaria como um reservatório para uma dispersão viral mais extensa, com maior derramamento, ativação imune e amplificação de citocinas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNOLOGIA, 2021). As modificações do tecido adiposo ultrapassam a barreira tecidual, atingindo outros órgãos, entre eles os linfoides primários e secundários.…”