“…Longe de serem neutros, os enunciados, e, por conseguinte, as trocas verbais entre sujeitos em interação, carregam juízo de valor e emoções; assim, através de enunciados concretos e situados, o homem se mostra e se revela, expressa emoções e se constrói como sujeito dialógico na relação eu-para-mim, eu-para-o-outro e outro-para-mim. Esse pensamento converge com o ponto de vista de Spinoza (2019, p.124) de que "cada um julga ou avalia, de acordo com seu afeto, o que é bom ou mau, o que é melhor ou pior e, finalmente, o que é ótimo ou péssimo"; o que torna mais compreensível a reflexão de Bonnemain (2019), para quem o afeto é o devir da atividade, é aquilo que produz a energia para a ação.…”