“…Como o acesso a métodos contraceptivos se constitui um direito das mulheres, toda a complexidade que subjaz a essa oferta e o modo (violento) como ela é apresentada pode estar sendo subvalorizado pelas instâncias de controle social do SUS e por movimentos sociais organizados. 22 As significativas dificuldades para acesso às laqueaduras tubárias no SUS, permeadas pelo racismo institucional e por interesses médicos corporativos, fartamente documentadas em estudos etnográficos realizados no país (Carvalho, 2017;Corossacz, 2009;Dalsgaard, 2006;Edu, 2018Edu, , 2019Faya-Robles, 2015), podem estar funcionando como um caminho que vem sendo pavimentado para a entrada maciça, em larga escala, dos métodos LARC no Brasil, atendendo, assim, a interesses empresariais, de corporações médicas, de gestores públicos e, não menos importante, de produção de conhecimentos científicos, por meio de potenciais participantes de estudos clínicos oriundas do SUS.…”