Estudo transversal, de base escolar, que investigou se vitimização por pares associa-se à policonsumo de substâncias e envolvimento em comportamentos violentos (brigas e/ou porte de armas). Participaram 3.547 escolares do interior do Rio Grande do Sul, com idade média de 14 anos (dp = 1,66). Realizou-se amostragem aleatória, estratificada por sexo, idade, município e rede de ensino. Os dados foram coletados em 2012, através de questionário autoaplicável. Foram realizadas análises descritivas, através do teste Chi Quadrado de Pearson, e modelo de equações estruturais. Evidenciou-se que vitimização associa-se ao policonsumo apenas quando há sofrimento psíquico e relação negativa com pai e/ou mãe, associando-se ao maior envolvimento com comportamentos violentos tanto de forma direta como mediada pela relação com os pais e pela saúde mental dos escolares. Conclui-se que a vitimização parece instigar comportamentos violentos, denunciando a existência de um ciclo vicioso de agressividade, o que reforça a importância do seu enfrentamento.