O artigo tem por objetivo discutir a automutilação e suas narrativas por adolescentes em contexto escolar. Trata-se de uma pesquisa que envolve a psicanálise e o campo da educação, como um trabalho possível da clínica institucional. A partir de estudos de casos de uma escola privada em Fortaleza, são discutidos os seguintes aspectos: autolesão e os efeitos na escola, conflitos socio-familiares e processo de subjetivação adolescente. Conclui-se que a partir de uma escuta qualificada na escola é possível dar voz aos adolescentes para que possam produzir um saber sobre si, e ao seu modo sustentar seu mal estar.