“…Para o sucesso do tratamento anti-hipertensivo, o elo entre o médico e o paciente deve ser a sua base estruturadora. A atuação de uma equipe multiprofissional direcionada ao hipertenso pode contribuir com o sucesso da adesão ao tratamento e, consequentemente, favorecer o controle da doença(REGO, RADOVANOVIC, 2018).A não adesão ao tratamento contínuo está, em muitos casos, associada à descrença ao tratamento medicamentoso, à falta de informação e à dificuldade no acesso aos serviços de saúde que possam oferecer mão de obra especializada, bem como, aos medicamentos adequados(VANCINI-CAMPANHARO et al, 2015;GUEDES et al, 2011).Em estudo realizado em unidades de saúde da cidade de Porto Alegre, com pacientes hipertensos, constatou-se maior adesão à terapia medicamentosa entre pacientes com médico referência durante o tratamento (KLAFKE; VAGHETTI; COSTA, 2017).A organização de políticas públicas de saúde pode de fato, auxiliar no tratamento e no acompanhamento do paciente hipertenso, desde que haja um controle estratégico nas unidades de saúde. No Brasil, por exemplo, o programa Saúde da Família, criado em 1994 (atualmente denominado: "Estratégia de Saúde da Família"), com o objetivo de melhorar o atendimento à população brasileira, viabiliza ao paciente amplo atendimento por equipes de saúde especializadas, no entanto, ele está sujeito a ser consultado, a cada vez, por um médico diferente quando se direciona a uma dessas unidades, o que afeta negativamente, na criação do elo entre ele e o profissional da saúde (BRASIL, 2017).…”