2014
DOI: 10.1590/s0102-46982014000300003
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Abordagem intercultural na educação em ciências: da energia pensada à energia vivida

Abstract: RESUMO: Este artigo tem duplo objetivo. A primeira contribuição é de ordem teórica. Partimos de referenciais teóricos que se definem no marco da educação intercultural, para justificarmos a ampliação da abrangência do referencial multi/intercultural para educação em ciências. Para tal, procuramos identificar em alguns autores e estudos no campo da educação em ciências uma proximidade com essa perspectiva. Do ponto de vista empírico, este artigo pretende examinar os sentidos produzidos ao conceito de energia, p… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
3
1

Citation Types

0
0
0
7

Year Published

2019
2019
2023
2023

Publication Types

Select...
5
1

Relationship

2
4

Authors

Journals

citations
Cited by 6 publications
(7 citation statements)
references
References 4 publications
0
0
0
7
Order By: Relevance
“…Concordamos com esta definição, porém, vamos além dela, pois entendemos que a aprendizagem é significativa quando ela decorre do ensino que objetiva conexão com diferentes contextos socioculturais, não apenas dos estudantes, mas, também da ciência que é objeto de ensino, em prol da ampliação das visões de natureza. Neste sentido, Cobern, Loving (2001) atentam para o fato de que, frequentemente, os conhecimentos culturais dos estudantes diferem dos científicos e, sendo assim, a meta do ensino de ciências deve ser a ampliação dos seus conhecimentos prévios com os conhecimentos científicos, e não a anulação de um em prol do outro. Apesar de os entrevistados perceberem como um processo importante a consideração dos conhecimentos prévios no momento de ensino, alguns deles apontaram que nem sempre isso ocorre dentro das salas de aulas, como indica LB1 (Quadro 5).…”
Section: Categoria 3: Cultura Como Conjunto De Hábitos E Produção unclassified
See 2 more Smart Citations
“…Concordamos com esta definição, porém, vamos além dela, pois entendemos que a aprendizagem é significativa quando ela decorre do ensino que objetiva conexão com diferentes contextos socioculturais, não apenas dos estudantes, mas, também da ciência que é objeto de ensino, em prol da ampliação das visões de natureza. Neste sentido, Cobern, Loving (2001) atentam para o fato de que, frequentemente, os conhecimentos culturais dos estudantes diferem dos científicos e, sendo assim, a meta do ensino de ciências deve ser a ampliação dos seus conhecimentos prévios com os conhecimentos científicos, e não a anulação de um em prol do outro. Apesar de os entrevistados perceberem como um processo importante a consideração dos conhecimentos prévios no momento de ensino, alguns deles apontaram que nem sempre isso ocorre dentro das salas de aulas, como indica LB1 (Quadro 5).…”
Section: Categoria 3: Cultura Como Conjunto De Hábitos E Produção unclassified
“…O desenvolvimento da sensibilidade constitui-se como uma dimensão fundamental na prática docente, particularmente quando direcionada a assumir uma perspectiva intercultural frente ao contexto da diversidade humana que inerente à vida dos educandos (Coppete, 2012). Neste sentido, de acordo com Cobern (1996), cabe ao professor investigar e compreender quais são os conhecimentos sobre o mundo natural que os estudantes levam consigo para as salas de aula e como esses conhecimentos podem estar relacionados aos conhecimentos científicos.…”
Section: Introductionunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Nosso alinhamento à perspectiva intercultural no Ensino de Ciências na Educação do Campo se deve à busca pelo rompimento com a assimetria imposta pela hegemonia das ciências modernas em que as explicações válidas são apenas as testadas e comprovadas pela ciência ocidental (Crepalde, & Aguiar Jr., 2014;El-Hani, 2018). Acreditamos que defender a interculturalidade no Ensino de Ciências implica: reconhecer os privilégios do discurso científico ou de quem o enuncia; criar deslocamentos e estranhamentos que descentrem visões baseadas em um realismo ingênuo; promover efetivamente a troca intercultural visando o enriquecimento mútuo de perspectivas; e, assumir a possibilidade de complementaridades e cooperação de formas distintas de conhecimento frente a desafios concretos da vida cotidiana.…”
Section: Introductionunclassified
“…Se, por um lado, a desconstrução ou ao menos o desocultamento da ciência se faz necessário, de outro é preciso reconhecer a diversidade cultural nas suas diferentes dimensões (sociais, étnicas, de gênero, de pertencimento regional, geracionais, etc. ), ao mesmo tempo que se propõe o diálogo entre culturas, ou a metáfora do cruzamento de fronteiras, como modo de favorecer o intercâmbio e o enriquecimento mútuo em termos pessoais e coletivos (AIKENHEAD, 2009;CREPALDE & AGUIAR JR, 2014;VALADARES & SILVEIRA JÚNIOR, 2016;CREPALDE et al 2019).…”
unclassified