Os cistos inflamatórios dos ossos gnáticos são entidades patológicas relativamente comuns uma vez que tem origem de processos infecciosos também muito comuns na população brasileira, a cárie a doença periodontal e o trauma. Formam-se como uma cavidade intraóssea revestida por epitélio originado dos restos epiteliais de Malassez; podem ser preenchidas por liquido, pus, sangue ou gases e crescem em tamanho a partir das diferenças osmóticas entre o interior do cisto e os tecidos a sua volta. São classificados como cistos: periapicais, radicular lateral (sendo a única diferença entre eles a localização) e cisto residual (quando o elemento dentário que deu origem ao cisto, não está mais presente). Geralmente são assintomáticos quando não estão infectados, porém, quando tomam grande proporção de tamanho podem trazer assimetria facial e fraturas patológicas. O tratamento dos cistos depende de algumas variáveis como a localização, tamanho, tipo de cisto, e de condições diretamente ligadas à saúde do paciente e de sua colaboração. Assim, para os cistos residuais de grandes dimensões são reservadas as opções cirúrgicas como a marsupialização, descompressão, enucleação e curetagem. Este trabalho tem o objetivo de relatar um caso de cisto residual de grandes dimensões em maxila, com envolvimento do seio maxilar e discutir qual das opções cirúrgicas pode ser a melhor para o caso, trazendo os critérios de escolha entre as técnicas, a forma de conduzir o diagnostico, opções de exames de imagem e complementares, histopatológico e prognostico da lesão.