2002
DOI: 10.1590/s0034-77012002000100001
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A variação mítica como reflexão

Abstract: RESUMO: Variação imaginária que ordena em narrativas diversas as categorias sensíveis, o mito define por contraste conceitos de um pensamento nativo. A abordagem levi-straussiana do mito como conjunto de transformações, instalando a variação no seu centro, dá acesso à reflexão indígena e, de quebra -contra o que é leitura corriqueira -, permite entender o narrador como articulador dessa reflexão. O artigo ilustra esses postulados com mitos de vários povos de língua Pano (Yaminawa, Yawanawa e Kaxinawá), que tra… Show more

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“…Was there anything comparable in the Amazon, or is this an improperly posed question? The analysis of South American lowlands verbal arts demonstrates that it does not make sense to assume the existence of a tradition of exegesis that could serve as ‘preparation’ for the production of speculative thinking, as Oscar Calavia Saez suggests (2002: 23). Exegetical traditions are not uncommon in the lowlands, although they have not been oriented by a textual culture as in Central America.…”
Section: Shamanic Speculations Beyond Writingmentioning
confidence: 99%
“…Was there anything comparable in the Amazon, or is this an improperly posed question? The analysis of South American lowlands verbal arts demonstrates that it does not make sense to assume the existence of a tradition of exegesis that could serve as ‘preparation’ for the production of speculative thinking, as Oscar Calavia Saez suggests (2002: 23). Exegetical traditions are not uncommon in the lowlands, although they have not been oriented by a textual culture as in Central America.…”
Section: Shamanic Speculations Beyond Writingmentioning
confidence: 99%
“…Ou seja, justamente por identifi car que o mundo dos nhanderu é tão aberto ao passado quanto ao futuro, que Vera'i parece corroborar a perspectiva de que a natureza dos discursos míticos é sua capacidade de estarem constantemente atualizando um "fundo virtual indestrutível ou inesgotável" de onde o presente parece ser sempre uma imagem discreta (Viveiros de Castro, 2006, p. 324), sempre aberta ao evento -conforme vimos acima. Os mitos que Vera'i fez refratar através destas páginas, mostram que eles se prestam e são importantíssimos para pensar o presente (Calavia Sáez, 2002), na medida em que possibilitam, ao informar e serem informados, a maneira pela qual lida com as suas experiências e, especialmente, com os brancos.…”
Section: A Jurualogiaunclassified
“…Isto é, é preciso saber enunciar um ponto de vista próprio, mas que nesse caso não consiste na afirmação de um "nós" face a um "tu", que via de regra resulta em autodesignações do tipo "nós, gente" -transformação de um pronome em nome (ver novamente o artigo de Calavia neste volume). O que está em jogo nesse caso, como sugere o mesmo autor, não é uma sintaxe de pronomes, mas uma semântica de etnônimos (Calavia Sáez, 2002), o que, no caso do Uaupés, parece depender essencialmente da capacidade de apontar para uma designação alternativa aquela formulada por um interlocutor virtual; em suma, a capacidade de formular uma contradesignação à altura. Como fazê-lo?…”
unclassified