“…Quanto à política contra hegemônica, é possível identificar a intensificação a partir de conflitos entre os ditames do mercado universal e resistência local, nos quais, tais direitos podem vir a ter feição emancipatória (SOUSA SANTOS, 2007). Sobre isso, o encontro comunitário de resistências locais parece trazer o elemento de conexão solidária de nosso tempo, Florian Hoffmann e Fábio Leite fizeram avaliação importante do contexto brasileiro recente, no intuito de contribuir para uma releitura constitucional dos cenários locais a partir de um diálogo internacional, sem recair nas tradições locais e nem ser refém do hegemônico global (talvez, só assim, possamos pensar as institucionalidades legais e constitucionais) (HOFFMANN;LEITE, 2015). Só, assim, com a consideração da globalização e seus efeitos, pode ser entendido o espaço e tempo atual, em especial, na formação das metrópoles/cidades como centros privilegiados da intersecção do exercício de poder soberano e desenvolvimentismo do capital: "No atual processo de globalização, onde, como muito bem esclarece Hobsbawm (2007), o tempo é capturado, roubado, viabilizando cidades formatadas e, a mercê da lógica da globalização, a exemplo dos contratos de adesão padronizados, onde o espaço e as relações sociais urbanas ficam engessados tal qual o modelo do mercado, constituindo o modelo das cidades standard" (CAVALLAZZI; FAUTH, 2011, p.05).…”