2017
DOI: 10.26895/geosaberes.v9i17.620
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A supressão da geografia no exercício da alteridade

Abstract: RESUMOO artigo em questão problematiza por intermédio de cinco categorizações a negligencia quanto à percepção das diferenças geográficas no que tange às características de indivíduos ou Estados. Esta negligência é chamada de supressão da geografia no exercício da alteridade e é criticada por meio dos pressupostos fenomenológicos que explicam a natureza híbrida, permeável e dinâmica das culturas. As categorizações trabalhadas neste artigo são os mapas culturais, as artes, as reações populares, textos acadêmico… Show more

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“…A supressão da história (Saïd, 2007) é uma forma de anacronismo e se dá quando outros tempos impossíveis são inseridos em certas temporalidades: para Edward Saïd (2007), os orientalistas suprimem a experiência histórica ao preferir as imagens de um Oriente clássico à leitura dos arranjos contemporâneos em detrimento da análise acerca das modernas realidades orientais. Já a geografia é suprimida (Silva, 2018) quando caracterizamos certos espaços a partir de atributos exógenos; isso se deve a uma imprecisão do nosso conhecimento espacial. Como não é possível conhecer a totalidade das possibilidades espaço-temporais, as supressões da história e da geografia são regras e não exceções, ainda que possamos encontrar nas representações sobre o espaço-tempo distorções que variem do extremo mais grosseiro à maior acuidade.…”
Section: A Experiência O Espaço E O Tempounclassified
“…A supressão da história (Saïd, 2007) é uma forma de anacronismo e se dá quando outros tempos impossíveis são inseridos em certas temporalidades: para Edward Saïd (2007), os orientalistas suprimem a experiência histórica ao preferir as imagens de um Oriente clássico à leitura dos arranjos contemporâneos em detrimento da análise acerca das modernas realidades orientais. Já a geografia é suprimida (Silva, 2018) quando caracterizamos certos espaços a partir de atributos exógenos; isso se deve a uma imprecisão do nosso conhecimento espacial. Como não é possível conhecer a totalidade das possibilidades espaço-temporais, as supressões da história e da geografia são regras e não exceções, ainda que possamos encontrar nas representações sobre o espaço-tempo distorções que variem do extremo mais grosseiro à maior acuidade.…”
Section: A Experiência O Espaço E O Tempounclassified
“…Para os experts, as expressões totalizantes da classe e da região podem ser consideradas mero artifício linguístico: uma comunicação rápida e talvez descuidada que não pretende discutir as categorias em si, mas outros fenômenos que derivam delas. Por outro lado, para aqueles que não estão preparados para relativizar as classes e as regiões, corre-se o risco da supressão da geografia (Silva, 2018a) e da microssupressão da experiência histórica (Silva, 2018b) no ato analítico e discursivo. Afinal, essas expressões totalizantes reforçam estereótipos que simplificam a natureza do espaço, bem como a diversidade humana.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…imagens atuais do Oriente tendem a buscar temporalidades já recessivas em detrimento de formas dominantes contemporâneas 3 ; ou seja, imagens de um período clássico marcado por haréns e eunucos prevalecem frente a muitas outras possíveis e mais representativas da vida cotidiana (SILVA, 2013;2016). Já a "supressão da experiência geográfica" foi proposta por Silva (2018) numa clara paráfrase à Saïd, mas com utilidade pedagógica particular: refere-se às generalizações espaciais que ignoram a diversidade do espaço a favor de uma imagem que seja totalizante e com força de representação regional. As alardeadas supressões fazem parte do dilema perceptivo-descritivo da geografia; fala-se em segredos da paisagem como forma de aludir as limitações nesta seara (SILVA, 2020a).…”
Section: Introductionunclassified