O presente artigo tem por objetivo apresentar uma revisiting da Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST) publicada por Mendes (2007) no âmbito da Teoria da Psicodinâmica do Trabalho, tendo em vista as mudanças ocorridas nos últimos anos no mundo do trabalho, em especial, com o advento da Lei 13.467/2017 que regularizou diversas formas de trabalho não-tradicionais. Visa-se à atualização da EIPST; por conseguinte, adotou-se como procedimentos metodológicos: visita à literatura sobre as mudanças ocorridas no contexto laboral na contemporaneidade e a literatura pertinente as dimensões de prazer e sofrimento no trabalho; realização de pré-teste; aplicação do instrumento ajustado por meio do Google Forms (171 respostas); realização de análise fatorial exploratória no SPSS Statistics; e análise fatorial confirmatória no SPSS Amos. Os resultados indicaram a adequação dos modelos e dos novos construtos propostos para a escala: Assistência no Trabalho e Desamparo Profissional. Contudo, foram realizados ajustes nos modelos, seja pela exclusão de itens ou pela covariância dos erros. A atualização da escala traz relevante contribuição para o campo da psicologia social e do trabalho, bem como para a gestão que se proponha promotora de saúde e bem-estar dos trabalhadores, em novos contextos laborais. Com a utilização da mesma, se poderá avaliar riscos de adoecimento no trabalho, advindos de contextos com elevado grau de sofrimento dos trabalhadores, bem como, por outro lado, identificar quais dimensões são prováveis promotoras de saúde pela potencialização do prazer no trabalho.