“…Parte ainda do pressuposto da RSB enquanto reforma social, trazendo como proposta analítica o ciclo "ideia-proposta-projetomovimento-processo", em que "esses momentos encontram-se, dialeticamente, imbricados: movimento gera o projeto e desencadeia o processo e este condiciona o próprio movimento" 22 (p. 33). A partir do referencial teórico da guerra de posições 30 , no desenvolvimento do processo da RSB, há de se observar ambiguidades de orientações, que, para interesse deste estudo, ilustraremos como: "do intraburocrático ao social" 31 (p. 331); ou perspectiva movimentista ou institucionalista 1 ; ou ambivalência entre reforma geral e reforma parcial (ou setorial) 22 . Neste estudo, consideramos uma ambivalência entre, de um lado, "uma perspectiva de mobilização da comunidade e socialização política" 1 (p. 27), que proporcionaria o suporte à ampliação da base de massas na perspectiva de uma reforma geral 22 , factível de gerar uma "transformação da vida cotidiana das pessoas" 22 (p. 38), e, de outro, um processo de transformação da norma legal e do aparelho institucional que regulamenta e se responsabiliza pela proteção à saúde dos cidadãos e corresponde a um efetivo deslocamento do poder político em direção às camadas populares, cuja expressão material se concretiza na busca do direito universal à saúde e na criação de um sistema único sob a égide do Estado 1 (p. 28).…”